O ministro da Educação, Abraham Weintraub, afirmou que a foto com o teor da prova do Enem que vazou no início da tarde deste domingo, 3, não provocou danos ao exame e, em sua avaliação, não abrirá brechas para pedidos na Justiça para a anulação da prova. Análises feitas até o momento, de acordo com ele, indicam que o vazamento teria sido provocado por um aplicador de provas que, notando a ausência de três candidatos, teria aberto os cadernos e fotografado.
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Weintraub e o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes, disseram estar satisfeitos com o conteúdo das questões. Neste ano, não houve temas relacionados, por exemplo, à ditadura militar.
Questionado sobre a ausência destes temas, Weintraub admitiu que havia uma recomendação para os formuladores do exame de evitar polêmicas. "O conteúdo das questões não vou comentar", disse, para mais tarde completar que somente neste domingo teve conhecimento das questões.
Weintraub afirmou ainda que a orientação era fazer uma prova de forma a selecionar pessoas mais qualificadas. "O objetivo não era dividir, doutrinar, é selecionar as pessoas mais capacitadas."
O presidente do Inep, Alexandre Lopes, afirmou que uma das questões, de uma quadrilhista surda, era uma homenagem à Michelle Bolsonaro.
Weintraub afirmou ainda que a prova era a "cara" do presidente Jair Bolsonaro.
O primeiro dia de prova do Enem apresentou uma das mais baixas abstenções da história, de acordo com a informação do ministro da Educação, Abraham Weintraub. Dos 5,095 milhões de inscritos, 3,92 milhões compareceram à prova. A abstenção ficou em 23,7%. A expectativa, no entanto, é que o número aumente no próximo domingo, quando será realizada a segunda etapa da prova..