No dia 4 de abril foi celebrado o Dia do Parkinsoniano, uma oportunidade de conscientizar e alertar as pessoas sobre a doença, seus sintomas e formas de tratamento.
O Parkinson é uma das mais conhecidas – e mais comuns – doenças degenerativas do sistema nervoso central. Trata-se de um problema neurológico que altera o sistema motor, causando tremores, lentidão de movimentos, diminuição da mobilidade, desequilíbrio e alterações na fala e na escrita.
O distúrbio neurológico recebeu esse nome em homenagem a James Parkinson, médico inglês que descreveu a doença em um trabalho de 1817. Ele é causado, em geral, pela morte de células do cérebro, principalmente na área conhecida como substância negra, responsável pela produção de dopamina, um neurotransmissor que, entre outras coisas, ajuda no controle de movimentos do corpo. Fica explicada a
dificuldade motora gerada pelo Mal de Parkinson.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), aproximadamente 1% da população com mais de 65 anos sofre com o Parkinson. A estimativa é que, no Brasil, haja pelo menos 200 mil parkinsonianos. Apesar da incidência ser comum em pessoas mais velhas, há casos, bem mais raros, da doença em jovens, como o ator canadense Michel J Fox, que foi diagnosticado aos 30 anos.
Não se sabe a causa do Mal de Parkinson e não há remédios disponíveis que possam curar a degeneração das células nervosas – a causa da doença. Os sintomas, no entanto, podem ser controlados de forma satisfatória, por meio de medicamentos que evitam a diminuição da dopamina e com a realização de fisioterapia, psicoterapia e fonoaudiologia, se necessário. Tudo depende do estágio da doença e da forma como ela progride, que varia em cada paciente.
Existem pesquisas sobre o uso de células-tronco para tratar doenças do sistema nervoso central, regenerando tecidos e órgãos de pessoas doentes. Mas, ainda não há certeza de sua eficácia e nem liberação para o uso.
Em geral, o Mal de Parkinson não é detectado em exames, ele é diagnosticado por meio de apresentação dos sintomas, em exames clínicos. Ele é somente uma de diversas doenças degenerativas do sistema nervoso central, como a Esclerose Múltipla, o Alzheimer, a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) e a Doença de Huntington.
Doenças crônico-degenerativas (em geral, não só no sistema nervoso) são as principais causas de mortes em países desenvolvidos, enquanto as infecciosas e parasitárias são as razões que mais levam pessoas à morte em nações subdesenvolvidas. Com o envelhecimento da população, tende a aumentar a incidência das doenças degenerativas, mais comuns em adultos e idosos.
Artigo de Biologia produzido por Percurso Pré-Vestibular e Enem