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Estado de Minas ENEM 2021

Enem tem 26% de abstenção; ministro descarta interferência e cita questões

Exame já havia registrado queda histórica de inscritos; 2,3 milhões de candidatos foram às provas neste domingo (21/11)


21/11/2021 20:50 - atualizado 21/11/2021 22:16

O ministro da Educação, Milton Ribeiro, faz balanço do primeiro dia de provas do ENEM 2021
Ministro da Educação, Milton Ribeiro, voltou a negar interferências na prova (foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)
O primeiro dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), neste domingo (21/11), teve 26% de abstenção. O exame deste ano já havia registrado queda histórica no número de inscritos. Compareceram à prova 2,3 milhões de candidatos apenas. Em edições anteriores, o Enem recebia o dobro de candidatos.

"Mais importante não é o número de inscritos, mas o número de quem veio realmente fazer a prova", disse o ministro da Educação, Milton Ribeiro.

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Ele rebateu as críticas de que as ausências têm relação com falhas do MEC em melhorar o ensino em meio à pandemia. Como o jornal "O Estado de S. Paulo" mostrou, entre os jovens que desistiram de fazer a prova estão aqueles que não se sentiam preparados.

"Foi um número significativo porque sem o Enem uma série de outros passos da educação brasileira sofreria atraso que poderia prejudicar mais ainda os jovens que querem acender ao ensino superior", disse Ribeiro. "São pessoas que resolveram enfrentar todas as dificuldades."

O ministro disse ainda que o conteúdo da prova visto neste domingo mostrou que não "tem cabimento" denúncias sobre interferência no Enem. Caíram no teste questões sobre luta de classes, racismo, desigualdade de gênero e temática indígena.

"Tentaram politizar a prova, não houve nenhuma interferência. Talvez, se tivesse interferência, poderia ser que algumas perguntas nem estivessem ali. Não houve qualquer interferência e escolha de perguntas", afirmou o ministro.

Depois, tentou se explicar: "Quis salientar que, se dependesse de uma visão radical, de que o governo é radical, existem questões que tocam alguns temas que numa visão mais conservadora são mais caros ao nosso governo."

O Enem foi realizado em meio à crise de servidores no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), responsável pela prova.

Servidores afirmam que houve pressão para a troca de questões da prova.

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