Se no primeiro domingo a humanas domina, no segundo e último dia de aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) entram em campo áreas com exigência de grande conhecimento técnico. Nenhuma delas deixa de cobrar dos participantes a capacidade de ler e interpretar, uma marca da avaliação, mas cálculos, fórmulas e uma análise racional dos temas propostos reinam absolutos. Dos 90 pontos do dia, metade deles está distribuída na prova de ciências da natureza, o guarda-chuva da química, biologia e física.
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E como em todo o exame, identificar os itens fáceis para garantir o maior número possível de pontos é imprescindível. Denise ressalta que as questões consideradas fáceis são interpretativas e não dependem tanto de conhecimento técnico, ao contrário das médias. Já as difíceis querem mesmo testar as habilidades dos participantes. Por isso, exigem não apenas esse nível de conhecimento, como também de interpretação, além de virem acompanhadas, muitas vezes, de imagens, como gráficos e charges. “Se o aluno não estiver preparado, não dá conta de desenvolver as questões, mas ainda assim há aquelas em que a resposta está no próprio texto, mesmo levando em consideração que o Enem tem feito questões mais elaboradas.”
Uma boa leitura e atenção ao enunciado são o grande segredo da prova. Afinal, o exame demanda conteúdo e uma das estratégias para decifrá-lo é concentração na leitura. “Enem é bem tradicional na confecção das questões. Primeiro tem o texto base para leitura, que pode vir ou não acompanhado de uma imagem. Em seguida, há o comando da questão que sempre pede a afirmativa correta. Nunca pede para marcar errada ou exceto. Isso já é bem claro na prova”, destaca a coordenadora do pré-Enem.
Mas, cuidado com os distratores, uma armadilha do exame, alerta Denise Arão. “Não é pegadinha, porque sempre pede a correta. Algumas vezes há outras afirmativas corretas entre as alternativas, mas elas não respondem ao comando da questão”, orienta. “Por isso, recomendo ler o texto, o comando da questão e, se for necessário, reler o comando, pois, se não entendê-lo, o aluno corre o risco e cair em algum distrator.”
BAGAGEM Ciências da natureza é a área de predileção da aluna do pré-Enem Chromos, Giovanna Lara Trindade Policarpo, de 20 anos. Ex-aluna do curso técnico de química do Cefet-MG, se apropria dessa bagagem, reforçada pela facilidade em biologia. Na última semana antes da prova, ela ficou no cursinho em tempo integral: assistiu às aulas de revisão pela manhã e à tarde perpassou os conteúdos por conta própria. “Sigo a mesma estratégia do último Enem, focando nos conteúdos com recorrência maior e confiando no meu potencial. Na hora da prova é só você com seu conhecimento e capacidade de fazer uma boa prova”, diz.
Se na reta final a ordem é não perder o ritmo, na véspera, a jovem pensa só em descansar e se acalmar para ter energia total para resolver as 90 questões no domingo. “Importante fazer algo de que eu goste, ir a uma praça, ver uma série, escutar uma música, algo que faça bem ao psicológico.”
PARA ARRASAR NA PROVA DE CIÊNCIAS DA NATUREZA
1- Prepare com antecedência o material físico (levar caneta preta transparente, água para se manter hidratado, um chocolate)
2- Saia de casa com antecedência
3- Tenha muita atenção no texto e no comando da questão. Não faça leitura de forma dispersa e sim, concentrada.
4- Cuidado com os distratores
5- Se não der conta de fazer a questão, pule sem receio e, se sobrar tempo, volte nela. Baseado na TRI, as questões que vão levantar a nota do candidato são as médias e as fáceis
FONTE: Denise Arão/ Chromos