Exatamente às 15h30 os primeiros candidatos que disputam o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2022 começaram a deixar o local da prova. Neste primeiro dia, das 13h30 às 19h, eles encararam a temida redação, com o tema "Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil", além de 45 questões de linguagens (40 de língua portuguesa e 5 de inglês ou espanhol) e 45 de ciências humanas.
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E ainda questão envolvendo o livro "As Veias Abertas da América Latina", do escritor e jornalista uruguaio Eduardo Galeano, de 1971, no qual Galeano analisa a história da América Latina desde o período da colonização europeia até a Idade Contemporânea, argumentando contra a exploração econômica e a dominação política do continente, primeiramente pelos europeus e seus descendentes e, mais tarde, pelos Estados Unidos. No livro, ele fala dos povos Incas, Maias e Astecas.
Diante do tema da redação, somada às questões envolvendo os personagens citados acima, vale registrar que o Enem 2022 valoriza as minorias sociais históricas, grupos de luta. Preconceito, Pernambuco, povo nordestino e sua cultura, mulheres, favela, indígenas...
Para Artur Duarte, de 24 anos, do Bairro Pindorama, Região Noroeste de BH, que tenta o Enem pela segunda vez com objetivo de trocar o curso de enfermagem para o de biomedicina, as provas desse primeiro dia foram difíceis. Mas ele também faz um mea culpa: "Achei as provas puxadas, não fui tão bem, já formei há um bom tempo e não estudei tanto. Mas, vamos ver".
Quanto à redação, Artur achou complicado: "Um tema confuso, complicado, pouco falado, divulgado. Segui a ideia que tinha da valorização dos povos indígenas".
Para Artur Duarte, de 24 anos, do Bairro Pindorama, Região Noroeste de BH, que tenta o Enem pela segunda vez com objetivo de trocar o curso de enfermagem para o de biomedicina, as provas desse primeiro dia foram difíceis. Mas ele também faz um mea culpa: "Achei as provas puxadas, não fui tão bem, já formei há um bom tempo e não estudei tanto. Mas, vamos ver".
Artur conta que teve uma questão sobre o resultado das eleições, mas não lembrou do contexto, e destacou uma outra envolvendo a Rayssa Leal: "Falava sobre a medalha de prata dela e o meio em que atua, o do skate, praticada no maioria por homens. A questão abordava uma desconstrução desse ambiente masculino, machismo".
Quanto à redação, Artur achou complicado: "Um tema confuso, complicado, pouco falado, divulgado. Segui a ideia que tinha da valorização dos povos indígenas".
Venezuelano sonha em se tornar psicólogo no Brasil
Já Julio Rengel, de 27 anos, é de Bolívar, cidade do Estado Bolívar, na Venezuela. Ele faz o Enem pela terceira vez. Chegou ao Brasil há três anos e meio e mora em Belo Horizonte há dois, no Bairro Jardim Alvorada. Ele estuda ciência da computação na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), mas quer mudar de curso: "Quero fazer psicologia, é área que tenho mais afinidade e vou tentar até conseguir. Além do mais, também preciso trocar de curso porque tem de ser noturno, por causa do trabalho".
Julio enfatiza que sentiu dificuldade com o tema da redação: "Achei complicado. É um tema mais próximo dos brasileiros, de quem nasceu aqui e conhece a cultura. Eu ainda estou descobrindo. Então, tive problema em desenvolver a redação".
Quanto às provas de linguagens e ciências humanas, Julio está confiante que se saiu bem: "Achei as perguntas mais fáceis, vamos ver. Tinha muitas questões sociais, como uma pergunta que envolvia crianças em situação de rua, a atitude que o governo tem com elas. Fiz o meu melhor".
A maratona não terminou. Agora, os estudantes têm pela frente o segundo dia de prova, no próximo domingo (20/11), quando terão de lidar com as provas de matemática e ciências da natureza (química, física e biologia).
A maratona não terminou. Agora, os estudantes têm pela frente o segundo dia de prova, no próximo domingo (20/11), quando terão de lidar com as provas de matemática e ciências da natureza (química, física e biologia).