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Estado de Minas CARREIRA

Saiba como driblar a infelicidade no trabalho

Nove em cada 10 brasileiros estão infelizes no atual trabalho. Para mudar, descubra dicas básicas para procurar e trocar de emprego


postado em 20/01/2020 11:00 / atualizado em 20/01/2020 11:09

Mylena Cuenca, headhunter na Trend Recruitment, avisa que se identificar com a empresa é fundamental(foto: Trend Recruitment/Divulgação )
Mylena Cuenca, headhunter na Trend Recruitment, avisa que se identificar com a empresa é fundamental (foto: Trend Recruitment/Divulgação )


Você sabia que nove em cada 10 brasileiros estão infelizes no seu atual trabalho? Dado apurado pela Survey Monkey, companhia de desenvolvimento de pesquisas on-line, traz uma importante reflexão sobre como está a relação entre empresas, funcionários e seus ambientes de trabalho.

Se, por um lado, as companhias esperam um alto desempenho e produtividade de seus empregados, por outro lado, os trabalhadores buscam ser mais reconhecidos e realizados com o que fazem, por uma remuneração adequada e com mais qualidade de vida.

Com base em diferentes expectativas, como podemos equilibrar essa equação?

"Apontar um culpado para tamanho descontentamento é uma questão delicada, uma vez que ambas as partes podem cometer erros e acertos. E, talvez seja isso o que muitos se esquecem ao contratar alguém ou começar um novo emprego. Empresas e funcionários são responsáveis pela felicidade ou pelo sucesso do negócio, sim", destaca Mylena Cuenca, administradora de empresas e headhunter na Trend Recruitment, consultoria boutique de recrutamento e seleção para marketing e vendas.

Mylena Cuenca diz que toda empresa tem uma cultura e uma forma de organização interna, mas "muitos candidatos falham ao deixarem de pesquisar sobre isso antes de se candidatar a uma vaga. Mas, como você sabe que tipo de cultura e empresa você vai entrar?"

Para ajudar, Mylena Cuenca dá dicas básicas de quando se procura ou troca de emprego:
 
1) Pesquise sobre a empresa: Qual a cultura? Que tipo de produto ou serviço essa empresa tem? Olhando de forma geral, eu me identifico com ela?

2) Como está a avaliação da empresa no mercado de acordo com os profissionais que passaram por ela? Dê uma olhada sobre o que os ex e/ou atuais funcionários falam sobre a empresa em sites como Glassdor ou Lovemondays.

3) Procure ler sobre a empresa em publicações de negócios que saíram na mídia, em diferentes veículos. Existem vários artigos, revistas e publicações sobre carreira e empresas.

4) Seja questionador e faça perguntas durante a entrevista para que entenda exatamente onde está entrando e qual tipo de expectativa você pode ter. Estou entrando em um ambiente startup ou em um ambiente mais conservador?

5) Avalie o entorno do lugar onde está sendo entrevistado, como as pessoas te recebem e até como se vestem e tente se imaginar naquela rotina. Seria um lugar que você se sentiria acolhido? O lugar desperta em você coisas positivas? Você gosta do jeito como o seu entrevistador te recebe e conversa com você. Essa identificação com o ambiente é extremamente importante.

6) Pela descrição do desafio, da empresa, da equipe, você sente que é a pessoal ideal para a vaga? Você se sentiu confortável?

7) Converse com ex-funcionários. Se você não conhece ninguém que tenha trabalhado na empresa, facilmente você encontra no LinkedIn alguém que possa ter passado por lá em algum momento.

Tudo isso, enfatiza Mylena Cuenca, ajudará o profissional com importantes pistas de como se prevenir de possíveis contratempos no futuro.

Mylena Cuenca alerta que também é preciso ter em mente que mesmo o emprego dos sonhos tem seus dias ruins. "Não é sempre que você vai estar feliz. Há momentos de maior ansiedade e mais desgastantes. É neste momento que você deverá tentar analisar a situação de fora: eu estou infeliz por causa do atual momento de alta demanda em que estou sobrecarregado ou estou mesmo infeliz com todas as minhas funções e responsabilidades do meu emprego? Estou incomodado porque estagnei e não busquei novos desafios ou não me proporcionam novos desafios? Ou será que, realmente, essa empresa tem sérios problemas de gestão que não estão ao meu alcance e o melhor é procurar outro emprego?"

Ela avisa que todas as perguntas acima são importantes para conhecer e diagnosticar as causas da infelicidade, "além de ser parte de um processo maior de aprendizado, necessário para o seu crescimento profissional".

Por isso, Mylena Cuenca destaca que uma forte arma contra a infelicidade no trabalho é o autoconhecimento. "Depois de identificar onde está a falha, fica muito mais fácil tomar a melhor decisão e procurar oportunidades profissionais e empresas que tenham mais a ver com você. Todos nós merecemos uma vida plena, realizada, gostosa de ser vivida e é claro que parte importante disso é estarmos felizes com nossos empregos, já que boa parte dos nossos dias são dedicados a eles."

Mylena Cuenca explica que as empresas também são responsáveis por promover um ambiente de trabalho saudável. "Já existem muitos dados que comprovam que funcionários motivados tendem a ser mais produtivos. Gestores e equipe de RH devem considerar organizar programas de incentivo e treinamentos, oferecer cursos de idiomas e de aprimoramento profissional, dar feedbacks e até promover atividades prazerosas em grupo, como corridas ou aulas de ioga, por exemplo. Além disso, estabelecer desafios ajuda o profissional a se reinventar e ganhar confiança no trabalho. Quando os dois lados estão atentos às motivações uns dos outros, a tendência é que empresas e funcionários consigam manter altos índices de satisfação, felicidade e produtividade.
 
Para saber mais sobre a Trend Recruitmet: https://www.trendrecruitment.com/pt .


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