As perdas de postos de trabalho representam uma das piores consequências da crise da pandemia do novo coronavírus, devido à paralisação das atividades econômicas em decorrência das medidas de isolamento social. Especialistas projetam que o Brasil pode chegar a até 20 milhões de desempregados entre junho e setembro. Pensando nisso, um grupo de alunos da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) criou um projeto que visa facilitar a volta ao trabalho para quem perdeu o emprego durante a pandemia.
Na sequência, o candidato recebe informações sobre as melhores opções de vagas, tendo a oportunidade de entrar em contato com as empresas. A ação tem abrangência nacional.
O projeto foi desenvolvido pelo estudante Ruy de Sousa Alves, do curso de Engenharia Mecânica da UFU, que se juntou a quatro alunos da mesma instituição: Ana Paula Brito (também do curso de Engenharia Mecânica), Paulo Rodrigues (Engenharia Aeronáutica), João Victor Suzana e Isabela Gonçalves (Engenharia Elétrica). Além deles, a iniciativa conta com a ajuda de quase 100 voluntários em todo o país.
De acordo com os responsáveis, até esta sexta-feira (29), após 21 dias de funcionamento, a plataforma teve mais de 3.500 cadastrados. A maioria da região Sudeste. “O objetivo do projeto é contribuir com a sociedade buscando amenizar os impactos da crise causada pela COVID-19 na economia. Entendemos que conectar as pessoas desempregadas a empresas é muito importante, pois, grande parte não sabe onde procurar emprego”, afirma Ruy Alves.
Ele ressalta que, no atual momento, estão acontecendo muitas demissões no país. Mas, também, mesmo em tempos de pandemia, há empresas contratando. “Nossa estratégia visa levar essas oportunidades a todos cadastrados”, assegura o estudante da UFU.
Ruy Alves acredita que levará cerca de um ano para tudo se normalizar depois da pandemia e, por não sabermos quanto tempo durará o isolamento, o grupo de universitários trabalhou para otimizar os resultados das combinações.
Ele afirma a intenção é manter o projeto em funcionamento após a pandemia do novo coronavírus. “o aplicativo não precisa parar, queremos continuar ajudando, voltar os olhos para aqueles que precisam. Essa é minha mentalidade hoje”, ressalta.