Localizada no Bairro Buritis, Região Oeste de Belo Horizonte, a faculdade mineira UniBH tem como um de seus principais projetos de extensão o programa Cidade UniBH. Com o intuito de promover as práticas ofertadas pelo centro universitário à população belo-horizontina, o projeto também visa mapear as influências da instituição na cidade.
Neste cenário, Eduardo França, diretor do UniBH, conta que a ideia da campanha surgiu a partir da iniciativa de organizar as atividades ofertadas pela universidade, como eventos, projetos e cursos, de forma mais bem disposta para a população. Para além disso, a influência da formação acadêmica também propiciou melhor planejamento do programa.
“A partir do entendimento de que a extensão é um importante componente do tripé universitário – que conta ainda com o ensino e a pesquisa – compreendemos que havia a necessidade de criar o programa Cidade UniBH”, detalha.
Eduardo destaca, ainda, que o projeto não se limita à teoria e, justamente por isso, se torna imprescindível, haja vista a conexão entre professores, alunos e população mineira, bem como a disponibilidade de abarcar diversas áreas do conhecimento.
Entre as ações compreendidas pelo Cidade UniBH estão mais de 50 outros projetos e cursos de extensão, normalmente desenvolvidos pelos alunos, com orientação constante dos educadores da universidade.
Entre as ações compreendidas pelo Cidade UniBH estão mais de 50 outros projetos e cursos de extensão, normalmente desenvolvidos pelos alunos, com orientação constante dos educadores da universidade.
“Temos projetos de identificação da cadeia produtiva da comunidade artística do entorno do nosso câmpus Buritis e o da criação de uma produtora de conteúdo artístico liderada pelos alunos dos cursos de comunicação e artes do UniBH. Além disso, temos uma série de projetos na área da saúde, principalmente para os cursos de odontologia, com atendimentos a portadores de necessidades especiais, e fisioterapia, com tratamento oncológico para crianças e adolescentes”, cita.
Na execução do projeto, Eduardo destaca inúmeros benefícios. Um ganho mútuo, segundo ele. “Aumentar a quantidade de serviços que podemos ofertar à comunidade é um dos grandes ganhos da implementação desse projeto. Na medida em que tais serviços são organizados, de modo que a população nos reconheça como polo promotor de ações positivas relacionadas aos nossos cursos de graduação, a própria demanda cresce, criando um desejável compromisso por entregas cada vez mais qualificadas.”
Além disso, Eduardo destaca a extensão e, consequentemente, o Cidade UniBH como de caráter indissociável do ensino e da pesquisa no ambiente universitário, principalmente devido ao fato de que este só se torna possível com a participação de todo o corpo docente e estudantil. Sendo assim, de acordo com ele, para além do melhor relacionamento entre os ambientes internos e externos da universidade, o serviço oferecido se apresenta como “um ponto fundamental para uma formação de qualidade e de capacitação para a vida e o mercado de trabalho”.
Desafios
Apesar de contar com a participação contínua de professores e alunos, haja vista que são eles os responsáveis por toda a execução dos projetos de extensão, algumas dificuldades são encontradas durante o processo de implementação. Para o diretor da universidade, o maior deles diz respeito a gestão e a execução de projetos e cursos. Isso porque, com a finalidade de oferecer serviços de qualidade, pode-se haver uma disparidade na forma como tal projeto foi idealizado e, então, percebido pela comunidade.
Outro desafio destacado por Eduardo tem a ver com a comunicação entre comunidade acadêmica e potenciais usuários dos serviços prestados. Porém, o diretor da instituição destaca que, apesar de todas as adversidades, o intuito é buscar o crescimento e melhor desenvolvimento do programa.
“A ideia é a de que o Cidade UniBH seja um programa perene, a partir da compreensão do câmpus como uma extensão da cidade de Belo Horizonte. Quanto maior a quantidade de atividades extensionistas, somadas aos projetos, aulas e cursos que já ofertamos, maior a complexidade de relações neste fragmento da cidade, o que é altamente benéfico para todos que a frequentam”, afirma.
*Estagiária sob a supervisão da editora Teresa Caram