Segundo dados do Instituto cultural British Council, apenas 5% da população brasileira sabe se comunicar em inglês e, destes, apenas 1% tem realmente fluência. Com isso, o Brasil fica em 41º lugar em um ranking de 70 países.
Com a revolução tecnológica que vem acontecendo no último ano, falar inglês se tornou o principal fator para as contratações. Mesmo que a a taxa dos brasileiros com ensino superior tenha aumentado para 21% entre jovens de 25 a 34 anos, segundo o estudo desenvolvido pela Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o índice de fluência em inglês ainda é baixo.
Assim, para quem consegue unir faculdade e fluência em inglês, os salários chegam a aumentar cerca de 60%, segundo a Catho. Os perfis que têm os dois requisitos são os mais procurados principalmente nas áreas de tecnologia da informação, engenharia, logística e design. Há chance destes profissionais conseguirem um emprego no país ou fora dele.
Para Leiza Oliveira, CEO do Centro de Formação Minds Idiomas (https://mindsidiomas.com.br/), o perfil dos alunos têm mudado também. Segundo ela, o isolamento social trouxe a necessidade de pessoas mais qualificadas incluírem o inglês no currículo.
"Temos muitos alunos de 25 à 35 anos, idade em que muitos estão crescendo em seus cargos ou precisam se requalificar para entrar no mercado de trabalho. E, enxergaram no isolamento uma ótima oportunidade para voltar a estudar ou praticar mais o idioma", afirma Leiza Oliveira, que está à frente de 70 escolas espalhadas pelo país.
MUDANÇA NA FORMA DE CONTRATAÇÃO
Outro fator que destaca o psicólogo educacional Augusto Jimenez é que a forma de contratação de profissionais mudou muito, principalmente em áreas de gestão.
"Antes a necessidade do idioma não era requisito eliminatório, agora é. Vemos cada vez mais entrevistas de forma on-line e em inglês, em que o candidato tem que além de se apresentar, desenvolver um contexto e uma explicação de quem ele é e do porquê que ele gostaria da vaga!", acrescenta o psicólogo, que é diretor do Centro de Formação Minds Idiomas.
"Antes a necessidade do idioma não era requisito eliminatório, agora é. Vemos cada vez mais entrevistas de forma on-line e em inglês, em que o candidato tem que além de se apresentar, desenvolver um contexto e uma explicação de quem ele é e do porquê que ele gostaria da vaga!", acrescenta o psicólogo, que é diretor do Centro de Formação Minds Idiomas.
AS PROFISSÕES QUE EXIGEM O INGLÊS
• Logística
A área de logística se expandiu muito. Com o e-commerce cada vez mais forte, os profissionais que atuam nesta área precisam falar inglês. É praticamente mandatário para um profissional de logística ter um vocabulário específico e técnico em inglês e se tornar a cada dia mais completo. Algumas empresas, inclusive, exigem mais de uma língua estrangeira, pois consideram o inglês obrigatório. O salário pode chegar a R$ 13 mil para profissionais que estão em cargos de supervisão e gestão.
• Tecnologia da informação
Outro setor que foi movimentado por causa da pandemia foi o de TI. A linguagem de programação de plataformas, sites e dados é totalmente em inglês. Então, para atuar nesta área é necessário o inglês técnico. Conforme o profissional vai se destacando, o inglês fluente se torna obrigatório, pois além da programação o profissional de tecnologia possivelmente será responsável por passar os dados ou informações em inglês. A área que tem os melhores salários são arquitetura da informação e Cyber Security, chegando a R$ 15 mil.
• Engenharia
Um engenheiro pode atuar em várias áreas. Por ter um conhecimento analítico um engenheiro pode ocupar várias áreas, mesmo não sendo a dele. Mas, focando na língua, hoje, um engenheiro precisa se comunicar bem pois permite que o profissional reporte os resultados de investimentos estrangeiros com excelência e amplia as possibilidades de conhecimento de novas tecnologias que são desenvolvidas fora do país, podendo até mesmo construir uma carreira internacional. Um engenheiro fluente pode chegar à casa dos R$ 17 mil.
• Design
Um design precisa desenvolver habilidades com programas de computação que em sua maioria são em inglês. Além disso, com os escritórios cada vez mais enxutos, ele terá que apresentar os projetos muitas vezes para clientes internacionais, explicando os termos técnicos e mantendo um nível avançado de inglês para expressar o desenvolvimento do trabalho. O salário pode chegar à casa dos R$ 10 mil com a fluência de outro idioma.
• Business Intelligence
Até o nome do BI é em inglês. Ou seja, é obrigatório que o business intelligence além de saber do mercado nacional, entenda do mercado internacional e coordene operações em diversos locais. Faz parte de sua rotina reuniões com pessoas espalhadas pelo mundo que utilizam o inglês como língua universal. Um BI hoje pode ganhar até R$ 30 mil.