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Estado de Minas CARREIRA

Plano B: livro traz relatos de 31 profissionais que mudaram suas carreiras

A segurança de um emprego fixo e um registro em carteira já não são tão mandatórios à realização profissional. A pandemia acelerou as transições de carreira


25/05/2021 10:00 - atualizado 25/05/2021 15:29

Assumir o plano B é dar uma guinada de 180 graus: a troca do regime de contratação e a multicarreira
Assumir o plano B é dar uma guinada de 180 graus: a troca do regime de contratação e a multicarreira (foto: Gerd Altmann/Pixabay)

 
Toda mudança gera medo, receio ansiedade. E em toda mudança há aspectos positivos e negativos, ganhos e perdas. O segredo de quem decide apostar na transição de carreira e investir no famoso plano B é saber que terá de abrir mão de algumas coisas para ter outras.

A segurança de um emprego fixo e um registro em carteira já não são tão mandatórios para a realização profissional. Alterar o caminho do direciomento da carreira tem sido tendência muito antes da pandemia, a qual só acelerou ainda mais a tomada de decisão. 

Mudança na vida profissional inspirada em novos valores é o tema central do livro Meu Plano B, coletânea em que 31 autores compartilham como esta virada ocorreu em suas vidas e em que ponto estão. Editado pela Reality books da jornalista e escritora Silvia Regina Angerami, com a coordenação editorial das também jornalistas Monica Miglio Pedrosa e Silvia Prevideli, o livro foi lançado neste mês de maio. 

A capa conta com a ilustração Flying Carpet de Alex Flemming, artista brasileiro que mora na Alemanha desde 1995.

A obra revela diferentes caminhos para sair do plano A e assumir o plano B — uma guinada de 180 graus, a troca do 'regime de contratação' e a multicarreira. Muitos autores pediram demissão, outros foram demitidos e encararam como oportunidade, alguns se planejaram, outros fizeram no impulso.

São muitos relatos que somam diversidade e ao mesmo tempo têm traços em comum, como abrir mão da zona de conforto, mudar de país, cuidar das doenças – incluindo depressão e síndrome de Burnout –, superar perdas, dar voz a desejos internos como trabalhar com algo que mude a sociedade, aposentar o crachá e realizar a vontade de empreender. 

“O 'Meu Plano B' foi pensado para falar de vida profissional, mas os relatos trouxeram naturalmente o que cada autor precisou ajustar em sua vida pessoal para realizar sonhos ou mesmo atender os sinais do corpo e da mente”, explica Silvia Prevideli.

O livro, que conta com 174 páginas, foi dividido em três partes. A primeira relata histórias de pessoas que tiveram coragem de mudar completamente. Na segunda parte, há depoimentos daqueles que diversificaram e reinventaram a forma de atuar em suas profissões. E a terceira reúne profissionais que não se contentam com apenas um plano B e continuam inovando.
 
Silvia Angerami, fundadora da Reality Books, destaca que para conseguir por em prática o plano B é importante se libertar da obrigação de contentar os outros
Silvia Angerami, fundadora da Reality Books, destaca que para conseguir por em prática o plano B é importante se libertar da obrigação de contentar os outros (foto: Arquivo Pessoal )
Silvia Angerami, fundadora da Reality Books, editora e uma das idealizadoras do livro, destaca que, "para que a gente consiga pôr em prática o chamado plano B, a minha dica é que você treine o seu olhar para enxergar além do que os olhos podem ver. Ou seja, abandone os clichês - aprenda a curtir as segundas-feiras como o primeiro dia da semana cheio de novas oportunidades e possibilidades. Pare de achar que só os dias de verão são bons. Encontre a beleza em todos os dias, mesmo nos nublados e chuvosos. Dessa forma, quando você olhar para dentro de você, saberá identificar as suas verdadeiras motivações. Independentemente do que os outros pensam ou deixam de pensar."

Para Silvia Angerami, é importante se libertar da obrigação de contentar os outros. "No livro Meu Plano B, há exemplos de pessoas que escolheram a primeira carreira com base na expectativa dos outros. Mas isso nunca dá certo. Mais cedo ou mais tarde, o impulso de mudança se torna inevitável, inadiável. Ou é o próprio corpo que 'grita' por meio de um Burnout ou outro tipo de doença ou desconforto."

Portanto, o autoconhecimento é a chave para que você encontre o seu Plano B (ou seja encontrado por ele). E é claro que também é preciso coragem. "Coragem para mudar, para pensar fora da caixa, para 'ouvir' a sua intuição. Mas isso não é tao difícil de conseguir. A ideia do nosso livro é justamente inspirar aqueles que desejam mudar, mas não sabem por onde começar. Que tal começar lendo o livro?"

A psicóloga Renata Feldman destaca que o plano B é para quem decide transformar indagação em ação
A psicóloga Renata Feldman destaca que o plano B é para quem decide transformar indagação em ação (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)


Já Renata Feldman, psicóloga e escritora, que fez o prefácio do livro, enfatiza que "com o coração configurado no modo coragem – que 'é o que a vida quer da gente', já dizia nosso querido Guimarães Rosa –, cada um desses 31 autores transformou indagação em ação, partindo para a busca e a realização de novos caminhos. Eles descobriram que, mais importante do que fazer, é o como fazer. E acima de tudo fazer sentido".
 
Um exemplo bacana de mundança é da mineira Magda Velloso Fernandes de Tolentino, belo-horizontina da gema, de 82 anos, foi contadora antes de se firmar como professora de inglês, carreira na qual se aposentou, dando aulas na UFMG e UFSJ. Ela também dá seu depoimento no livro sobre o plano B. Hoje se dedica à escrita.

"Fazer parte da coletânea Meu Plano B foi de grande valia para mim nesta etapa da vida, em que, já aposentada e empreendendo novos planos para a vida que ainda tenho para viver. O texto que escrevi serviu para que eu fizesse nova avaliação da carreira a que me dediquei grande parte da minha vida adulta. Na verdade, só relatei minha mudança de carreira oficial, de contadora a professora de inglês e suas literaturas, sem me referir às diversas tentativas feitas no meio do caminho em outras empreitadas."

Mineira Magda Velloso Fernandes de Tolentino, de 82 anos, da carreira como professora de inglês hoje se dedica à escrita
Mineira Magda Velloso Fernandes de Tolentino, de 82 anos, da carreira como professora de inglês hoje se dedica à escrita (foto: Arquivo Pessoal )


Magda Velloso Fernandes de Tolentino conta que, na avaliação que fez, pode reiterar sua satisfação em ter encontrado o caminho adequado na profissão para a qual sempre sentiu que estava sendo impulsionada desde tenra idade.

"O magistério nos cursos fundamental e médio me trouxe a alegria de introduzir uma segunda língua a alunos que, de outra forma, não teriam acesso a ela; no nível superior, principalmente, além da alegria de dividir minhas horas úteis com alunos ávidos de conhecimento como são em geral os das universidades públicas, me trouxe a satisfação de ajudar a formar os futuros professores das escolas públicas, dando a eles a dimensão do buraco que temos no Brasil nas questões da educação formal. Hoje sou uma aposentada (contra meu desejo) realizada com o trabalho que exerci como professora de universidades públicas. Se não fosse meu esforço no desenvolvimento desta nova carreira, acredito que não estaria tão satisfeita com o êxito obtido."
 

TRÊS MODALIDADES DE LIDAR COM O PLANO B 

Diante de experiência diferentes de encarar o plano B, três personagens responderam às mesmas perguntas para que todos tenham uma visão ampla de perspectivas distintas. Todo aprendizado vale a pena e compartilhá-lo ajuda muitos que estão no processo de mudança, pensam em dar uma reviravolta na carreira ou estão temerosos, com medo, não sabem como começar. 

A PRIMEIRA AUTORA CRIOU O PLANO B E VIVE DELE APENAS

(foto: Arquivo Pessoal )


Nome: Cristina Goellner 
Profissão: cirurgiã-dentista, fundadora da Syntonie Consultoria e Gestão em Saúde
Perfil: É cirurgiã-dentista de formação, trilhou carreira executiva no segmento financeiro. Fez MBA em gestão empresarial e mediação de conflitos corporativos pela FGV, onde deu aula na pós-graduação em administração. Em 2009, criou a Syntonie para assessorar profissionais da saúde na gestão de suas carreiras e negócios. Coordenou trabalho assistencial voluntário para gestantes e adolescentes carentes. Tem três filhos, dois cachorros e muitas orquídeas.  Ela era cirurgiã-dentista, trilhou carreira executiva no mercado financeiro e como plano B, que agora é seu plano A, abriu a Syntonie - uma consultoria para assessorar profissionais na área da saúde, pq era queria voltar para a área da saúde, mas não como dentista. 
 
1 - Qual o lado bom e ruim de largar uma carreira sem plano B? É loucura? Irresponsabilidade? Inconsequente?

Largar uma carreira para abraçar um plano B sem um mínimo de planejamento é para aqueles que gostam de viver perigosamente. É difícil sinalizar o lado bom desta opção, pois até a consolidação do que é esperado do plano B, muito dinheiro, tempo e disposição serão gastos sem resultados efetivos. Um bom planejamento auxilia a medir os esforços da empreitada e sinaliza o norte a seguir. Ao longo do caminho podem surgir surpresas e ajustes serem necessários, mas o objetivo bem definido não deixa as ações se perderem e facilita a análise do que, eventualmente, precisa ser mudado.

2 - O que  fazer quando, depois de anos de carreira, o enfado, o desânimo, a falta de motivação o faz questionar até a profissão que escolheu? Como descobrir, já na maturidade, o que fazer para seguir produzindo para viver? O que ou quem pode ajudar nesta descoberta de um plano B?

Acho interessante, antes de qualquer decisão intempestiva, buscar uma orientação profissional para avaliação de perfil e discussão de habilidades versus oportunidades de mercado. Na maturidade há grande possibilidade da pessoa se dedicar aos sonhos que foram deixados de lado no início da vida produtiva, quando a prioridade era a construção de patrimônio e o cumprimento das obrigações familiares. Muitos profissionais maduros, neste momento, agregam seu aprendizado e suas experiências ao longo da vida na realização destes sonhos, colocados em segundo plano. Pessoalmente, fiz uma mentoria com um orientador de carreira que me ajudou muito a avaliar minhas potencialidades, competências e, também, minhas fragilidades. Foi fundamental no melhor direcionamento das minhas ações na consolidação do que eu sonhava realizar.

3 - Na pandemia, empregado, mas insatisfeito e sem plano B. Como redescobrir um outro ofício?

Na minha opinião, vale uma reflexão sobre quais temas fazem “brilhar os olhos” e despertam a imaginação. Fazer cursos, ouvir palestras, conversar com outras pessoas podem ser caminhos que ampliarão a visão sobre as possibilidades a serem desenvolvidas.

4 - O plano B é fundamental para todo profissional, satisfeito ou não com o trabalho, a carreira?

O importante é sempre estar aberto às oportunidades que possam aparecer, estamos num momento de grandes transformações e novas formas de trabalho estão sendo descobertas. Não limitar o pensamento e nem criar as próprias barreiras são bons pontos de partida.

5 - Neste mundo 4.0, plano B sem incluir tecnologia e a rede é impossível? Nem todo mundo tem perfil para estar no YouTube, vídeos, lives, fotos... Há quem não quer aparecer, não gosta de expor a imagem... Há outra saída para plano B off-line?

Não é impossível criar negócios sem estar nas mídias, mas com certeza, será mais difícil alavancar qualquer solução. Por trás de qualquer negócio, estão pessoas e, na atualidade, a proximidade e o conhecer quem está por trás dos “balcão” é muito importante. Não é necessário estar em todas as mídias, nem de todas as formas, mas também aí é importante o autoconhecimento para avaliar aquilo que tem mais sentido e está alinhado como o jeito de ser daquele profissional. As redes pedem conteúdos sérios, íntegros e postagens regulares. Eu, por exemplo, durante a pandemia criei um canal no YouTube e também acabei de lançar um podcast. 

 
O SEGUNDO AUTOR VIVE COM O PLANO A E TEM O PLANO B 

Juliano Frade
Juliano Frade (foto: Arquivo Pessoal)


Nome: Juliano Frade 
Profissão: aministrador de empresas, gerente de marketing na J&J e sócio-fundador da SBN. 
Perfil: É executivo de vendas e marketing com 22 anos de experiência nas áreas de serviços e saúde. Como sócio-fundador da SBN, ajuda organizações a alcançarem clareza em sua identidade, criando soluções que resolvam problemas complexos para inspirar ações e gerar impacto positivo na sociedade. Ele continua trabalhando no emprego dele como gerente de marketing e tem o plano B, como sócio-fundador da associação SBN.

1 - Qual o lado bom e ruim de largar uma carreira sem plano B? É loucura? Irresponsabilidade? Inconsequente?

O lado ruim de largar uma carreira sem plano B é ficar sem trabalho por um tempo até conseguir uma nova oportunidade correndo o risco de atuar numa área indesejada apenas por uma motivação financeira, mas se a pessoa conseguir juntar reservas poderia até se dar de presente um período sabático para conhecer novas culturas, realizar cursos e ter novas experiências de vida enquanto planeja seu próximo passo. Não ter um plano B é muito comum e muita gente ainda é surpreendida quando perde emprego ou não percebe mudanças do mercado. Estar atento às oportunidades e às mudanças de cenário econômicas e políticas é essencial.

2 - O que  fazer quando, depois de anos de carreira, o enfado, o desânimo, a falta de motivação o faz questionar até a profissão que escolheu? Como descobrir, já na maturidade, o que fazer para seguir produzindo para viver? O que ou quem pode ajudar nesta descoberta de um plano B?

É preciso conhecer suas motivações de vida, aquilo que te faz seguir em frente todos os dias, é um exercício de autoconhecimento, de entendimento de propósito, valores e visão de mundo. A vida é cheia de escolhas e momentos de enfado, desânimo são sinais que algo precisar mudar e um ciclo precisa ser fechado para um novo ciclo de motivação possa ser iniciado. Penso que nunca é tarde para aprender algo novo e partir em uma nova jornada quando se tem um propósito claro de vida. Fazer escolhas sem sentido não te levará a lugar nenhum. Não há receita mágica, mas qualquer profissional precisa estar preparado para momentos de recomeço e novas rotas. Isso geralmente acontece quando o seu conhecimento acumulado e oportunidade de trabalho se encontram em um determinado espaço de tempo. Ninguém vai te ajudar a encontrar seu plano B. Somos nós mesmos que temos que ir atrás dele, mas é sempre bom aprender com as experiências dos outros, sejam elas positivas e negativas, portanto, conecte-se com pessoas, tenha empatia e aprenda com elas.

3 - Na pandemia, empregado, mas insatisfeito e sem plano B. Como redescobrir um outro ofício?

Prepare-se,aprenda ler os cenários do mercado, veja os segmentos com maiores oportunidades e se eles têm a ver com você. Empreender é sempre uma opção, pode ser por necessidade ou oportunidade, mas sempre quem chega mais longe é que trabalha por um bem maior e não apenas pensando no dinheiro. Redescobrir um outro ofício também vem do aprendizado sobre você, o autoconhecimento te ajudará a entender as escolhas que vão preencher o vazio existencial e a insatisfação com seu trabalho atual. O importante é fazer, testar e aprender.

4 - O plano B é fundamental para todo profissional, satisfeito ou não com o trabalho, a carreira?

Sem dúvida, nesse mundo que muda o tempo todo, ter o plano B te ajuda em caso de eventualidades não previstas. O melhor momento para pensar no seu plano B é quando estamos bem na carreira. Muitos planos B podem ser feitos em paralelo ao seu plano A e assim diversificar sua carreira e até novas formas de renda. Satisfeito ou não, monte um banco de ideias e trabalhe aquelas que entenda ser o mais viável para seu momento de vida e faça-as. Uma ideia não vale nada se não for implementada e testada.

5 - Neste mundo 4.0, plano B sem incluir tecnologia e a rede é impossível? Nem todo mundo tem perfil para estar no YouTube, vídeos, lives, fotos... Há quem não quer aparecer, não gosta de expor a imagem... Há outra saída para plano B off-line?

Claro que sim. Seu plano B pode ser viver da pesca, montar uma ONG, ser educador infantil, fisioterapeuta, ou ter uma loja de artesanato, muita coisa é off-line, mas não dá para ignorar que mesmo esses negócios podem se beneficiar com a transformação digital que estamos vivendo, seja para aumentar sua audiência, comprar ou vender pela rede, diminuir seus custos de comunicação, construir uma rede de confiança, recrutar pessoas, e facilitar os meios de pagamento junto a seus clientes. Mas, se quiser estar na rede é importante ser consistente, verdadeiro e transparente e se comunicar com seu público da forma adequada e frequente para formar uma marca pessoal atraente. Fique tranquilo que todo conteúdo tem sua audiência é só encontrar o canal correto para se comunicar e aprender com o processo.

A TERCEIRA AUTORA FEZ DO PLANO B SUA ATIVIDADE PRINCIPAL E SEU PLANO A COMO UM PLANO B 

Priscilla Tavollassi
Priscilla Tavollassi (foto: Arquivo Pessoal)


Nome: Priscilla Tavollassi 
Profissão: jornalista e psicanalista integrativa
Perfil: É jornalista pós-graduada em comunicação empresarial, com experiência de 23 anos na área. Atua como terapeuta há 10. É psicanalista integrativa, numeróloga, taróloga, consteladora familiar, hipnoterapeuta, especialista em metafísica da saúde, além de palestrante, professora, atriz e escritora. Ama a vida, adora ajudar as pessoas e é apaixonada por borboletas, símbolo da transformação e do logotipo do seu plano B, que se tornou A. Ela transformou o plano B (terapeuta) em seu plano A (assessora de imprensa) e o plano A em seu plano B.

1 - Qual o lado bom e ruim de largar uma carreira sem plano B? É loucura? Irresponsabilidade? Inconsequente?

O lado ruim é que muitas vezes o plano B não tem salário fixo, não tem estabilidade e isso muitas vezes pode trazer insegurança. Mas, não vejo como loucura não. Muito pelo contrário. Acredito que é um ato de coragem para olhar outras perspectivas e seguir em frente. O plano B pode surgir como uma forma de ganhar um dinheiro extra ou de ter mais qualidade de vida e realização. Tudo é válido, desde que você se organize e goste de fazer o que está se propondo.  

2- O que  fazer quando, depois de anos de carreira, o enfado, o desânimo, a falta de motivação o faz questionar até a profissão que escolheu? Como descobrir, já na maturidade, o que fazer para seguir produzindo para viver? O que ou quem pode ajudar nesta descoberta de um plano B?

Sem dúvida, o autoconhecimento é a chave para qualquer plano na vida. Quando você se conhece descobre o que te faz bem e o que traz realização. No meu caso, por exemplo, mão tive a sensação de que meu plano A não me realizava mais. A questão é que sempre tive um plano B na vida, inclusive cito isso no livro. E há 10 anos fui em busca de autoconhecimento e descobri que podia ajudar as pessoas e me encantei com isso. Comecei a me aperfeiçoar e atuar como terapeuta nas horas vagas, até que quando veio a pandemia e fui desligada do meu plano A, meu plano B estava pronto e, então, fiz a transição de modo muito tranquila. Acredito que paciência, perseverança, resiliência e muita dedicação precisam fazer parte desse processo.

3 - Na pandemia, empregado, mas insatisfeito e sem plano B. Como redescobrir um outro ofício?

Como disse acima, o autoconhecimento e intuição são primordiais para esse processo. Não adianta você pensar no que dá dinheiro, porque isso sustentará por muito tempo. É necessário fazer o que  realmente ama, gosta, se sente bem e a renda será uma consequência muito positiva. Um aconselhamento em terapia ou coaching são maneiras de entender o que realmente está acontecendo com você e fazer se descobrir para algo novo, de acordo com as habilidades.

4 - O plano B é fundamental para todo profissional, satisfeito ou não com o trabalho, a carreira?

Acredito que sim. Eu sempre tive um plano B na vida, porque ter a possibilidade de ter uma renda extra sempre me deu mais segurança, até porque nunca fui registrada, sempre trabalhei no regime pessoa júridica (PJ) e, por isso, ter um plano B foi fundamental durante a pandemia, sem dúvida. Além disso, o plano B pode ser uma diversão, algo gostoso que você ganha dinheiro, mas também se realiza, o que tira um pouco a carga desse plano A difícil e até te ajuda a permanecer nele.

5 - Neste mundo 4.0, plano B sem incluir tecnologia e a rede é impossível? Nem todo mundo tem perfil para estar no YouTube, vídeos, lives, fotos... Há quem não quer aparecer, não gosta de expor a imagem... Há outra saída para plano B off-line?

Realmente o mundo 4.0 está em alta e há muitas oportunidades no mercado para isso e penso que é um mundo sem volta. Temos que entender que a tecnologia veio para ficar e precisa ser uma aliada para você conseguir ampliar os negócios. Porém, acredito que você possa sim ter planos B sem se expor tanto, mas a tecnologia estará presente de qualquer modo. Nós, autores, fizemos o lançamento do livro on-line, estamos vendendo on-line, então acredito que a comunicação virtual é uma aliada, mas você não precisa se expor tanto. Pode haver o meio termo, até porque a indicação e o boca a boca ainda são forma eficazes de divulgação.
  

(foto: Reality books/Divulgação)
SERVIÇO

  • Livro: Meu Plano B
  • Autores (31): Aline Esteves, Ana Letícia Sanguinetti Lucca, Ana Russo, Andre Sanches, Angela Valdomira dos Santos, Cari Mello, Cláudia Quélhas, Claudenir Nascimento, Cristina Goellner, Edileuza Soares, Esther Glitz, Juliano Frade, Magda Velloso Fernandes de Tolentino, Marcelo Vial, Måripe Pacífíco, Michelle Fonseca, Mônica Tambosi, Natália Campos Mello, Paula Restituti, Paulo Eduardo La Rubia, Priscilla Tavollassi, Ricardo Chindi Fujii, Rita de Cassia Visentin, Rodrigo Cardoso, Rogério Castilho, Simonne Capeletti, Solange Carneiro, Sueli de Lima, Tatiana Secco Fazio, Thaís Passos e Thiago Amoroso Ebner.
  • Editora: Reality books
  • Número de páginas: 174   
  • Preço sugerido: R$ 52. Venda no site da editora (www.realitybooks.com.br/shop) e também diretamente com os autores. 







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