nasceu de um Projeto de Lei da deputada Ana Paula Siqueira (Rede). Para ela, o objetivo é impedir que a pressão financeira dos criminosos sobre as vítimas diminua, uma vez que esse tipo de crime, geralmente, acontece contra a mulher que depende economicamente do agressor.
A iniciativa "O projeto surgiu de uma escuta de diversos grupos femininos. Nesses encontros, em 2019, a gente identificou que a dependência financeira é um dos principais motivos que mantém as mulheres no ciclo de violência, falta de oportunidades", diz a deputada.
O governador Romeu Zema (Novo) esteve presente no evento. A agenda aconteceu na sede da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), na Avenida João Pinheiro, Centro-Sul da capital mineira.
Zema ressaltou que seu governo se preocupa com o social, apesar de ser taxado do contrário, conforme as palavras do próprio governador.
"Esse programa visa a criação de caminhos para essa independência (financeira), que é fundamental para que as mulheres vítimas desse ato abominável possam ter oportunidades. Apesar de sermos considerado um governo que não prioriza o social, estamos sim fazendo passos grandes nessa área", afirmou o chefe do Executivo estadual.
Ele disse, ainda, que projetos como o banco de emprego para mulheres vítimas de violência doméstica dependem de equilíbrio fiscal. "Você não consegue fazer o social sem ter o caixa equilibrado. Social rima com uma gestão responsável", disse.
Empresas interessadas
O presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza, ressaltou que já houve um café da manhã com empresas para garantir o abastecimento do projeto com vagas de emprego.
Entre as marcas parceiras estão Hermes Pardini, Multimarcas Consórcios, Drogaria Araújo, Una, Supermercados BH, O Boticário, Ortobom, Shopping Cidade etc. A expectativa é de criar um selo de reconhecimento para as empresas que aderirem ao banco de empregos.
"Esse é o momento de dar visibilidade a esse banco. A violência contra a mulher não é interrompida por dois fatores: o medo do agressor e a pressão econômica", afirmou a Secretária de Estado de Desenvolvimento Social, Elizabeth Jucá e Mello.
"Esse é o momento de dar visibilidade a esse banco. A violência contra a mulher não é interrompida por dois fatores: o medo do agressor e a pressão econômica", afirmou a Secretária de Estado de Desenvolvimento Social, Elizabeth Jucá e Mello.
Como vai funcionar?
O banco de empregos será uma plataforma on-line, integrada ao site da Sedese, que funcionará como uma interface entre o empregador e as vítimas de violência. A partir dele, entrevistas poderão ser marcadas e currículos cadastrados.
A Secretária Elizabeth Jucá ressaltou que esse é o primeiro projeto do tipo em esfera estadual do Brasil. Em municípios, programas semelhantes estão em vigor nas cidades de São Paulo e Brasília.
Interior
Além de BH, a autora do projeto, deputada Ana Paula Siqueira, salientou a necessidade de o projeto se estender para o interior do estado, onde esse tipo de crime tem crescido.
"A política pública é para todo o estado de Minas Gerais. Inclusive, a violência doméstica tem crescido muito nos interiores. É algo que a gente tem notícias por meio das pesquisas. A minhae xpectativa é que o banco de empregos possa atender todas as regiões, especialmente as mais rurais", afirma a parlamentar.