Jornal Estado de Minas

GESTÃO DE PESSOAS

Quatro sinais de que a saúde mental de um colaborador não vai bem

Falar sobre saúde mental continua sendo um assunto urgente, principalmente quando se trata do ambiente corporativo, onde muitas vezes as tensões do dia a dia também podem provocar grandes prejuízos emocionais, principalmente se pensarmos a médio e longo prazos.



Segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), o problema já afeta em US$ 1 trilhão o PIB mundial, considerando os impactos que as doenças mentais podem causar, como absenteísmo e falta de produtividade.


Por isso, mais do que nunca, é preciso estarmos alertas aos sinais que o corpo pode nos enviar, como a dificuldade para dormir e o alto  estresse, por exemplo, adotando uma postura mais do que preventiva, e sim o autocuidado.

“É preciso que o autocuidado vire rotina, afinal, muitos desses sinais já foram normalizados pela maioria das pessoas, que não se atentam para o perigo de ignorá-los”, explica Karina Servi, terapeuta da Naomm, plataforma que reúne terapeutas qualificados e licenciados em Práticas Integrativas e Complementares (PICs).

Mas, afinal, quais são os primeiros sinais de que a saúde mental do colaborador não está bem? Para auxiliar com a questão, a especialista separou os quatro principais alertas que, à primeira vista, podem parecer inofensivos, mas que podem levar uma pessoa ao colapso mental, emocional e facilmente a problemas mais graves de saúde. Confira.




  1. Insônia: É o ponto mais importante: se não há um sono de qualidade é impossível que o corpo recupere as energias para seguir um novo dia. E quando se acumula, não há recuperação. O sono é um dos principais fatores que afetam a saúde mental, emocional e física. Quando há insônia, dificuldade para dormir, acorda-se várias vezes à noite, ou ainda até se dorme, mas acorda com cansaço, é um grande sinal a ser reconhecido. Por isso, antes de mais nada, é preciso entender o que o corpo está sinalizando, afinal, dormir é uma ferramenta natural. E muito cuidado ao recorrer a medicamentos para sanar o problema. Às vezes, o uso de remédios será necessário, porém, precisa ser indicado por um médico. 

  2. Irritabilidade e estresse: Durante nossa rotina, muitas vezes temos que lidar com situações que nos levam à irritabilidade e ao estresse. O importante aqui é identificar quando o problema é algo isolado ou constante. Quando a irritação vira algo constante e nos leva a ter reações aumentadas frente a pequenos acontecimentos, é um sinal vermelho. Se o estresse vier acompanhado também de problemas para dormir, é hora de buscar ajuda.

  3. Mudança repentina de humor: Estar bem e, de repente, sentir raiva intensa ou sentimentos depressivos pode indicar um problema. Claro que é normal reagir de formas diferentes a situações diferentes, porém, a persistência na inconstância pode ser um sinal do corpo de que algo não está bem e deve ser investigado. Se tiver dúvidas em relação a essa questão, pergunte aos seus colegas de trabalho e familiares se eles têm sentido oscilações de humor constantes em você. Se a resposta for positiva, está na hora de mudar de hábitos!

  4. Lapsos de memória: Quando uma pessoa começa a perceber que a memória dela começa a falhar no dia a dia com coisas muito simples, como esquecer o que ia fazer na cozinha ou o que ia pegar no armário, na maioria das vezes pode ser um indício de um esgotamento mental e que não deve ser ignorado. Isso porque o problema pode acarretar uma série de problemas e pode levar até a depressão, uma doença cada vez mais comum e de difícil resolução. 
Na dúvida, a velha máxima ainda pode ser bem eficaz: é melhor prevenir do que remediar. Se as empresas querem o melhor para os seus colaboradores, saúde é a base, para que o ambiente corporativo seja um lugar de criatividade e de relacionamentos harmoniosos.