Já se sabe que a inteligência artificial está modificando o mercado de trabalho mundial, mas afinal, ela é amiga ou inimiga do futuro da humanidade?
Falar sobre mercado de trabalho na atualidade é impossível sem falar sobre o quanto a tecnologia vem modificando a relação do homem com o trabalho.
É notável que muitas funções humanas já foram substituídas pela tecnologia e, algumas, nem ao menos geraram discussão, tão clara era a vantagem da utilização de máquinas no lugar de seres humanos.
Fato é que, há anos atrás, a tecnologia era utilizada para substituir a força e a velocidade humana, mas, em poucos casos, a inteligência humana era colocada de lado e descartada, mediante a decisão de um robô.
Nos anos atuais, está cada vez mais comum confiar na precisão e na lógica da programação dos algoritmos para tomada de decisão, tornando o homem cada vez menos importante nos processos industriais, comerciais, logísticos e em muitos outros.
Entrevista com Lucas Coacci
A robótica, a automação e a inteligência artificial, juntas, formam um tripé que pode, facilmente, descartar a necessidade de mãos (e mentes) humanas em diversos tipos de processos e isso levanta a questão: o ser humano consegue se adaptar e tornar-se mais criativo, inteligente, dinâmico e eficiente que as máquinas para competir, com elas, no mercado de trabalho?
Lucas Coacci, profissional de assistência técnica da BH Servers, empresa mineira especializada em servidores, deu sua opinião sobre o tema, em entrevista à Bruna Bozano, em novembro de 2021:
Bruna: “Lucas, o que você pensa sobre o uso de inteligência artificial na área da programação e em outros nichos?”
Lucas: “Penso que é um grande e importante avanço na tecnologia por conta da sua ampla capacidade de atuação em qualquer área do mercado atual, não só na programação, como, por exemplo, na própria medicina. A IA é utilizada para que exames e diagnósticos mais sofisticados sejam mais precisos. Outro exemplo bem bacana que eu gosto de dar é da própria Tesla, que utiliza de Inteligência Artificial para tornar todos os seus veículos 100% autônomos.”
Bruna: “E sobre o mercado de trabalho? Como você acha que ele se relaciona com a IA?”
Lucas: “Há uma linha tênue no quesito de empregabilidade para alguns programadores, pois com a evolução da Inteligência Artificial, algumas ferramentas antes desenvolvidas por programadores, hoje estão sendo desenvolvidas automaticamente por IAs. Um exemplo disso é a ferramenta GPT-3, que com apenas algumas instruções escritas pode criar um esboço, mesmo que básico, de um sistema que você deseja. Já há outros sistemas em que você pode simplesmente criar um site sem precisar programar, apenas arrastando os objetos que você quer ter no site, dando funções a eles até que se torne um sistema de sua preferência.
Algumas IAs precisam apenas de um empurrãozinho inicial e logo após isso já se auto implementam sem precisar de intervenção humana, outros irão fazer tarefas domésticas para você como é o caso do Tesla Bot, um robô humanoide que está sendo desenvolvido com esse propósito, confesso que tenho um pouco de medo desse aí.”
Bruna: “De modo geral, como você resumiria essa nova relação da IA com o mundo atual?”
Lucas: “A Inteligência Artificial é uma tecnologia que vem para ficar, que felizmente ou infelizmente substituirá (diminuindo custo de mão de obra) várias atividades profissionais que se tornarão obsoletas com a presença dela ao mesmo tempo gerará novos empregos para profissionais requalificados.”
Sabendo disso como uma realidade, quase absoluta, cabe aos seres humanos a adaptação da espécie, tal qual vem acontecendo a milhões de anos, em busca da sobrevivência.
A substituição de certas profissões, como caixas de banco, operadores de telemarketing, assessoristas de elevador, cobradores de ônibus e outras, são apenas o começo do que virá a ser uma sociedade servida por robôs, então, cabe aos seres humanos redescobrirem suas capacidades e tornarem-se, de fato, necessários à sua sociedade.
Qual a sua opinião sobre tudo isso?
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