(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas Regulamentação

Apostas esportivas: como regulamentar os patrocínios nos clubes de futebol?

Casas de apostas esportivas estão crescendo cada vez mais no Brasil, o que torna importante a questão da regulamentação


17/09/2022 09:00

futebol Jannik Skorna on Unsplash
Futebol. (foto: Jannik Skorna/Unsplash)
Os patrocínios das casas de apostas esportivas online chegaram fortes no futebol brasileiro e, ao bem da verdade, acabaram salvando o orçamento combalido de muitos clubes nacionais. 

Hoje no Campeonato Brasileiro da Série A temos nada menos do que 19 clubes dos 20 existentes com algum tipo de patrocínio de casas de apostas esportivas. A única exceção fica por conta do Palmeiras, que carrega em seu uniforme o patrocínio de uma Financeira e de uma Faculdade, contudo sua equipe feminina possui o patrocínio máster de uma plataforma de apostas esportivas. 

O poder das casas de apostas e cassinos online começa a ficar mais claro, com o crescimento do jogo em todo o mundo e as boas opções disponíveis na rede mundial de computadores. Conferindo o Casino Room é possível saber mais sobre as empresas e plataformas e o que elas oferecem para seus clientes.

Mesmo na Europa os patrocínios continuam em peso em Portugal, Inglaterra, França e outros países, entretanto é importante notar que os controles governamentais estão cada dia mais específicos. Criaram-se regras que tem como objetivo claro regular a ação e diminuir possíveis desvantagens, algo que ainda precisa ser feito no Brasil. 

Isso também está sendo estudado na Premier League da Inglaterra, que pretende implementar regras que restrinjam a participação de patrocínios de casas de apostas nas camisas dos clubes ingleses.

O grande desafio desse país é como resolver os problemas financeiros que a exclusão desses patrocínios poderá trazer para vários clubes das divisões inferiores e também alguns da divisão principal, que contam com essas verbas em seu orçamento. As grandes equipes inglesas como o Liverpool, Chelsea, Manchester City, Manchester United e Tottenham não possuem patrocínios master com essas operadoras. 

Patrocínios no Brasil


Em nosso país a lei que autoriza as apostas esportivas ainda se encontra na fase de regulamentação e a questão dos patrocínios ainda não foi questionada. Com toda certeza com as dificuldades que nossos clubes atravessam esse assunto deve demorar um pouco. 

Todos esses investimentos em publicidade das plataformas de apostas ocuparam o vácuo deixado durante a pandemia, onde muitas empresas cortaram ou diminuíram seus investimentos nessa área e também pela saída de grandes empresas estatais desse ramo.


O Jogo seguro e responsável


Toda essa questão sobre os patrocínios das casas de apostas em um esporte de dimensão mundial e assistido por milhões de indivíduos visa principalmente evitar que as pessoas considerem que o jogo pode ser a solução para seus problemas financeiros. 

Apesar do jogo ser um produto liberado apenas para pessoas maiores de 18 anos, ele pode acabar por criar o vício em qualquer cidadão independentemente da sua idade. 

Será necessário criar controles sobre as campanhas de publicidade que hoje invadem os estádios e programas esportivos e deixar claro aos usuários que esse tipo de jogo deve ser considerado apenas um tipo de entretenimento.

As plataformas de apostas devem oferecer ao usuário ferramentas para que ele possa, caso necessite, controlar seu histórico de gastos, limitar os depósitos por determinados períodos, gerenciar o tempo gasto na plataforma e outras facilidades como a auto-exclusão caso o jogador sinta que está prestes a desenvolver o vício pelo jogo podendo assim se auto-excluir por um determinado período de tempo. 


O receio da manipulação


Outro problema que deve ser muito bem estudado após a regulamentação das apostas esportivas é o risco de manipulação de resultados, o que não é um problema novo na Europa e muito menos no Brasil. 

Basta lembrar o caso ocorrido em 2005 com a “Máfia do Apito” onde jogos foram manipulados ou então o caso de 2016 com a Operação Game Over onde indivíduos manipulam resultados nas Séries A2 dos torneios de alguns estados brasileiros.

Ainda agora tivemos o caso ocorrido no meio do ano em que um funcionário do Santos supostamente tentou manipular o resultado do futebol feminino em uma partida contra o Bragantino objetivando lucrar com apostas esportivas. O caso se encontra atualmente no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) para ser julgado. 

Após a lei estar devidamente regulamentada, muitas regras surgirão para que esse mercado possa funcionar adequadamente na questão da limitação de patrocínios e na aplicação de regras que permitam e assegurem o jogo responsável em nosso país. 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)