Jornal Estado de Minas

Candidatos à PBH apresentam propostas sobre empreendedorismo e startups

Nove dos onze candidatos à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) participaram do evento promovido em parceria pelo Sistema FIEMG, por meio do FIEMG Lab, a Associação Brasileira de Startups e o San Pedro Valley, na noite desta quarta-feira. Eles expuseram as propostas sobre empreendedorismo, tecnologia, startups, emprego e juventude. Cada candidato teve 10 minutos para apresentar as ideias sobre os temas. Os candidatos prometeram desburocratizar o processo de implantação de empresas na cidade e melhorar a política tributária para atrair mais empreendedores para BH.

O deputado estadual pelo PDT e candidato à PBH, Sargento Rodrigues, propôs a criação de uma secretaria ou um "gabinete próximo" para receber os empreendedores. "A economia está em frangalhos e as pessoas querem empreender. Não há momento melhor para isso. Quero transformar BH em um pólo empreendedor e é preciso agilizar o processo de abertura de empresas, que hoje demoram, no mínimo 45 dias. Seremos parceiros das incubadoras, que já foram criadas pelo setor privado".



O deputado estadual pelo PTdoB, Luís Tibé, que também está na corrida pela prefeitura da capital mineira, apresentou o modelo de uma agência de fomento. "O objetivo é incentivar as empresas de tecnologia e inovação e fazer com que elas permaneçam em BH. Estamos perdendo os empreendedores cervejeiros, por exemplo, para a cidade de Nova Lima. Vamos incentivar a vinda de grandes eventos do setor para a cidade, acabar com a burocracia para a abertura de empresas e qualificar a mão de obra local".

O vice-prefeito de BH, Délio Malheiros (PSB), disse que é importante lembrar que BH é líder em criação de startups do país. "O primeiro ponto é entender que não tem como fazer tecnologia sem educação. Além disso, vamos divulgar BH e nossos jovens empresários para o mundo, lembrando ainda de captar e apoiar eventos nacionais e internacionais sobre inovação para a cidade".
Délio prometeu um Conselho de Desenvolvimento Econômico itinerante para atender o setor, disse que vai revisar a política tributária para que as novas empresas fiquem em Belo Horizonte e triplicar os 78 pontos de internet gratuito que já existem na cidade.

O quarto candidato a se apresentar foi o tucano João Leite. Ele propôs a "Colméia Criativa" e explicou que a prefeitura será um laboratório para os empreendedores criarem soluções para a cidade. "Quero uma cidade com liberdade de criação e pensamento. Quero que os empreendedores que saíram de BH voltem e a vinda dos que empreenderam fora". João Leite pediu ajuda ao setor para facilitar a vida do cidadão, com a criação, por exemplo, de novos aplicativos que facilitem a marcação de exames médicos no sistema público da capital.

O deputado federal pelo PROS, Eros Biondini, prometeu reduzir o Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISS) para 1,8% ou 2% e desburocratizar a criação de empresas, se eleito prefeito de BH. "As startups e os empreendedores são a resposta para os gargalos da saúde, mobilidade urbana e segurança pública. BH tem vocação e pode se instalar como a capital da tecnologia e do conhecimento.
Estaremos abertos as propostas dos empreendedores para melhorar a cidade".

Para o deputado estadual e candidato pelo PR,  Marcelo Álvaro Antônio, a tecnologia é uma oportunidade para promover a inclusão social. "A ideia é universalizar a escola integral e investir no ensino da tecnologia desde cedo, para que possamos produzir mão de obra qualificada na nossa cidade". Ele ressaltou que a saúde e a educação precisam aproveitar os benefícios da tecnologia na própria gestão e que vai valorizar o mercado interno a partir do diagnóstico do setor tributário, visando evitar a evasão de empresas da capital. O candidato disse ainda que vai dialogar com o setor, para entender qual seria o melhor modelo para BH se tornar o celeiro de grandes empresas de tecnologia.

O candidato do PMDB à Prefeitura de BH, Rodrigo Pacheco, avaliou que o segmento da tecnologia é um movimento social, que permite a construção de uma cidade mais moderna e inclusiva. "Vamos ter uma prefeitura integral, que facilite a interface entre o cidadão e o prefeito. Precisamos da ajuda do setor para criar dispositivos, que solucionem os problemas da cidade, crie emprego e gere renda. Vamos levar internet de qualidade para vilas, favelas e transporte público. E queremos ainda criar uma disciplina que estimule o empreendedorismo nas Umeis".

O candidato do PHS, Alexandre Kalil, destacou que o setor de tecnologia aliado ao empreendedorismo é a última chance para alavancar a economia de Belo Horizonte.
"Vivemos o empobrecimento de BH. A cidade perdeu bancos, construtoras e incorporadoras. Não podemos perder a última oportunidade da cidade. O setor de tecnologia gera R$ 50 milhões em impostos e emprega mais de 2 milhões ao ano. Esse é o tamanho da importância do segmento", ressalta. Kalil disse que estará aberto ao diálogo com o setor para entender melhor as demandas. Ele prometeu ainda internet gratuita de alta velocidade em toda a cidade e salientou que, com organização e associação, é possível atrair mais empresários e empreendedores para a capital mineira.

O último a se apresentar foi o candidato Reginaldo Lopes (PT). Ele atentou para o fato de que BH precisa de uma política de transição para o modelo econômico, já que em 20 anos, a população da cidade será de idosos em sua maioria. "A inovação e a tecnologia pode ajudar a fazer essa transição.
Belo Horizonte não pode ter uma economia sem competitividade”. Não houve perguntas e respostas entre os participantes do pleito, nem interação com plateia.

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