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Estado de Minas

Carta de Sérgio pode complicar situação do goleiro Bruno


postado em 03/12/2010 13:52

Uma carta escrita em 14 de novembro pelo primo do goleiro Bruno Fernandes, Sérgio Rosa Sales, pode trazer uma nova reviravolta ao caso do sumiço e suposta morte de Eliza Samudio. Na correspondência, endereçada à juíza do Tribunal do Júri de Contagem, Marixa Rodrigues, Sérgio pede para depor novamente em juízo e afirma que o conteúdo dos dois depoimentos prestados à polícia, considerados as mais contundentes provas contra os nove acusados de sequestrar e assassinar a ex-amante do goleiro Bruno, são verdadeiros. Assim, Sérgio confirma a suposta resposta dada pelo atleta sobre o paradeiro da mulher: “Ela já era. Acabou o tormento”, como Sérgio contou à polícia logo depois de ser preso, no início de julho.

“Doutora juíza, eu confirmo o segundo depoimento e parcialmente o primeiro”, escreveu. Ele fez apenas uma correção relativa à primeira versão, garantindo que Bruno não acompanhou Luiz Henrique Ferreira Romão, o “Macarrão”, e um menor, primo do jogador, em 10 de junho, suposta data em que Eliza e o bebê foram levadas do sítio em Esmeraldas à casa de Marcos Aparecido dos Santos, o “Bola”, onde ela teria sido executada. Falando em juízo, Sérgio manteve essa versão e tirou Bruno da cena do assassinato.

Sérgio reacende detalhes, como o ferimento que a modelo tinha na cabeça e a caixa de som mantida ligada para abafar possíveis gritos. Ele revalidaria também a reconstituição da passagem da ex-modelo pela propriedade, registrada em vídeo. Ele chegou a afirmar que havia acompanhado os policiais após tortura. “Gostaria de pedir que me ouvisse de novo para que eu possa esclarecer algumas coisas”, escreveu.

Na correspondência, Sérgio denunciava sofrer pressão de Macarrão e de alguns advogados para que obedecesse às instruções repassadas por eles. Com base nas denúncias de coerção, inclusive ameaças de agressão, o advogado Marco Antônio Siqueira, que voltou a representar o acusado, diz que entrará com um requerimento para que o depoimento de Sérgio, ocorrido em 10 de novembro, seja anulado.

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