O advogado Cláudio Dalledone Júnior, defensor do goleiro Bruno, se manifestou nesta terça-feira a respeito das ameaças que teriam sido feitas à juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, do Tribunal do Júri de Contagem, que apura o desaparecimento e morte de Eliza Samudio. Em nota, o criminalista afirmou não acreditar que as ameaças tenham sido feitas, mas acredita que a apuração dos fatos é necessária.
O caso veio à tona na segunda-feira. O ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, preso na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, sob a acusação de ter assassinado e ocultado o cadáver da modelo, ex-amante de Bruno, teria planejado a morte da juíza, do delegado Edson Moreira, chefe do Departamento de Investigações da Polícia Civil, do advogado José Arteiro Cavalcante Lima, assistente da acusação no caso Bruno, e outras pessoas que, segundo Bola, estariam prejudicando a sua vida. A denúncia é de José Arteiro, que protocolou documento no Tribunal do Júri de Contagem relatando o que chegou a seu conhecimento a partir do relato de um presidiário e pedindo providências para impedir a prática de tais crimes.
Advogado deve pedir novo habeas corpus para goleiro
Sobre a defesa de Bruno, Dalledone vai impetrar ainda nesta semana um novo recurso no Superior Tribunal de Justiça (TJMG) para tentar a liberdade do goleiro. Segundo ele, a argumentação para manter o cliente preso é frágil. "O fato de ser submetido a júri popular não significa que ele vai fugir. Não há nenhum fato concreto que indique isso", disse. A nota explica ainda que o Tribunal de Justiça de Minas Gerais deve publicar na quarta-feira o acórdão da 4ª Câmara Criminal do TJMG que negou o habeas corpus impetrado pelo criminalista em favor do goleiro. Com a publicação, os defensores de Bruno terão conhecimento da fundamentação da decisão judicial para elaborar o pedido de liberdade do goleiro.