O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, foi indiciado por mais um homicídio. Além de ser levado a júri pelo assassinato pela modelo Eliza Samudio, 24 anos, ex-namorada do goleiro Bruno Fernandes. Nos últimos dias, Bola já foi denunciado por outros dois assassinatos, na justiça de Contagem e Esmeraldas, na Grande BH. Nesta terça-feira o delegado Fernando Miranda, da Delegacia de Homicídios de Venda Nova, incluiu o inquérito em que o ex policial, aparece como autor de uma execução em 27 de julho de 2009, no Bairro Juliana.
Ainda de conforme as acusações, por ocasião do homicídio, a filha da vítima e uma testemunha, cujo o nome não foi revelado, deram uma descrição do assassino semelhante as características físicas de Marcos Aparecido. Os dois contaram que Devanir Alves caminhava próximo a sua casa quando Marcos, que já via sido visto na cena do crime várias vezes, o chamou pelo nome. Devair ao olhar para trás e responder o chamado foi morto sem chance de defesa com três tiros na cabeça.
Além das provas testemunhais, os levantamentos técnicos da polícia apontam para o envolvimento do ex-policial e do comerciante. Entre as provas técnicas, foi constatado que logo após a execução, Bola ligou para Antônio Bicalho. Com a prisão de Marcos Aparecido durante as investigações sobre o suposto desaparecimento e morte de Eliza Samudio, a filha de Devanir e a testemunhas reconheceram as imagens dele na televisão como sendo o assassino. Posteriormente foi feito o reconhecimento oficial. Na conclusão do inquérito o delegado Fernando Miranda solicitou a prisão preventiva de Marcos Aparecido, que já se encontra preso pelo envolvimento em outros três assassinatos, e também do comerciante que responde às acusações em liberdade.
Neste mês, a juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, do Tribunal do Júri de Contagem, que já tinha pronunciado Marcos Aparecido pelo envolvimento do crime de Eliza Samudio, acatou denúncia e pedido de prisão contra o ex-policial, pela morte de Roberto Novelo, em maio de 2000.
Ainda nos últimos dias, a juíza de Esmeraldas, Maria José Starling, acatou denúncia contra bola e mais três policiais civis, que ainda estão na ativa, do antigo Grupo de Resposta Especial (GRE), pela morte de dois ex-presidiários num sítio onde o grupo fazia treinamento. No caso do sumiço da Eliza e da execução dos dois ex-presidiários, Marcos Aparecido teria jogado os restos mortais das vítimas para cachorros comerem.