A juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, do Tribunal do Júri de Contagem, que conduz o processo que investiga o desaparecimento e morte de Eliza Samudio, pode não presidir o júri do Caso Bruno, caso ele seja marcado para o primeiro semestre de 2012. Isto porque a magistrada está grávida de seu terceiro filho.
A saída da juíza vai acontecer por motivos pessoais, mas um pedido para que ela não participasse do julgamento já foi protocolado pela defesa de Bruno. Em agosto do ano passado, o desembargador Hélcio Valentim, da 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) solicitou à magistrada que apresentasse um exame de competência para prosseguir como responsável pelo inquérito.
O pedido foi feito depois que os advogados dos envolvidos questionaram a competência da comarca de Contagem e pediram a mudança. A defesa justificou que o possível crime contra Eliza teria sido praticado em Vespasiano e pediu para a comarca desta cidade recebesse o inquérito.
Após avaliar o exame entregue pela juíza, o TJMG declarou que ela tem competência para julgar o caso.
Relembre o caso
De acordo com o inquérito, Eliza e a criança, suposto filho do goleiro, foram sequestrados por Luiz Henrique Romão e Sérgio Rosa Sales, primo de Bruno, no Rio de Janeiro, e trazidos para o sítio do atleta, em Esmeraldas, na Grande BH, em 4 de junho. A vítima teria sido mantida em cárcere privado até o dia 10, quando teria sido morta em outro local. O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, é apontado como o executor. A criança foi entregue à ex-mulher, Dayanne de Souza.
Bruno, Macarrão e Sérgio respondem por sequestro e cárcere privado (pena de 1 a 3 anos), homicídio qualificado ( 12 a 30 anos) e ocultação de cadáver (1 a 3 anos). Bola é acusado de homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Em liberdade, Fernanda Gomes de Castro responde por sequestro e cárcere privado de Eliza e do bebê. Dayanne, Wemerson Marques de Souza e o caseiro do sítio, Elenilson Vitor da Silva, são acusados de sequestro e cárcere privado do menor.