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Estado de Minas

Goleiro Bruno diz que desconhece ameaças contra juíza

O atleta presta depoimento nesta tarde no Departamento Estadual de Operações Especiais (Deoesp)


postado em 20/12/2011 16:30 / atualizado em 20/12/2011 18:52

Goleiro foi escoltado da Penitenciária Nelson Hungira até o Deoesp(foto: Cristina Horta/EM/D.A.Press)
Goleiro foi escoltado da Penitenciária Nelson Hungira até o Deoesp (foto: Cristina Horta/EM/D.A.Press)
 

O goleiro Bruno Fernandes, que presta depoimento na tarde desta terça-feira sobre as ameaças feitas por outro réu do processo, o ex-policial civil Marcos Aparecido, o Bola, contra a juíza Marixa Rodrigues, disse que desconhece qualquer informação sobre o caso. A informação foi passada pelo chefe do Departamento Estadual de Operações Especiais (Deoesp), delegado Islande Batista.

As ameças feitas por Bola vieram à tona em abril deste ano. Um detento, que dividia a cela com Marcos Aparecido na Penitenciária Nelson Hungria, contou a intenção do ex-policial de planejar uma série de assassinatos. Segundo o homem, o primeiro nome da lista seria o da juíza Marixa Fabiane, que vai presidir o julgamento do processo do sequestro, morte e ocultação do corpo de Eliza Samudio. Em seguida, vem o delegado Edson Moreira, que comandou as investigações do caso e foi o responsável pela prisão de Bola, Bruno, Macarrão e outros acusados. Além de José Arteiro, que atua como assistente de acusação do caso.

Bruno chegou acompanhado por seus novos advogados, Francisco Simin e Walace Simin. Segundo o delegado Islande Batista, o atleta prestou um depoimento informal e afirmou que não tem conhecimento sobre as ameaças. Bola também será chamado para prestar depoimento, que ainda não tem data marcada.

Relembre o Caso Bruno

De acordo com o inquérito, Eliza e a criança, suposto filho do goleiro, foram sequestrados por Luiz Henrique Romão e Sérgio Rosa Sales, primo de Bruno, no Rio de Janeiro, e trazidos para o sítio do atleta, em Esmeraldas, na Grande BH, em 4 de junho. A vítima teria sido mantida em cárcere privado até o dia 10, quando teria sido morta em outro local. O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, é apontado como o executor. A criança foi entregue à ex-mulher, Dayanne de Souza.

Bruno, Macarrão e Sérgio respondem por sequestro e cárcere privado (pena de 1 a 3 anos), homicídio qualificado ( 12 a 30 anos) e ocultação de cadáver (1 a 3 anos). Bola é acusado de homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Em liberdade, Fernanda Gomes de Castro responde por sequestro e cárcere privado de Eliza e do bebê. Dayanne, Wemerson Marques de Souza e o caseiro do sítio, Elenilson Vitor da Silva, são acusados de sequestro e cárcere privado do menor.

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