A Polícia Civil continua a colher depoimentos para apurar as ameaças feitas pelo ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, contra a juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, o delegado Edson Moreira, e os advogados Ércio Quaresma e José Arteiro. Na tarde desta quarta-feira, Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, será ouvido no Departamento Estadual de Operações Especiais (Deoesp).
De acordo com a Secretaria Estadual de Defesa Social (Seds), Macarrão saiu da Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, às 13h20, escoltado por agentes do Comando de Operações Especiais (Cope). Ele foi encaminhado para o Deoesp. De acordo com o chefe do departamento, o delegado Islande Batista, Luiz Henrique será ouvido informalmente. Na quinta-feira, será a vez de Bola prestar depoimento.
Na terça-feira, o goleiro Bruno Fernandes foi ouvido e disse não saber nada sobre o plano de Bola, de cometer os assassinatos.
Durante a revelação, o detento tinha informado que o plano dos assassinatos teriam a participação de traficantes do Rio de Janeiro. O homem que planejaria as mortes seria Antônio Francisco Bonfim Lopes, o “Nem”, de 35 anos, preso em novembro deste ano quando fugia da Favela da Rocinha, onde comandava o tráfico. De acordo com o delegado Islande Batista, a polícia não descarta a possibilidade de enviar uma carta precatórias ao Rio de Janeiro para ouvir Nem. Isso acontecerá apenas depois que os depoimentos de Macarrão e de Bola acontecerem.
Relembre o Caso Bruno
De acordo com o inquérito, Eliza e a criança, suposto filho do goleiro, foram sequestrados por Luiz Henrique Romão e Sérgio Rosa Sales, primo de Bruno, no Rio de Janeiro, e trazidos para o sítio do atleta, em Esmeraldas, na Grande BH, em 4 de junho. A vítima teria sido mantida em cárcere privado até o dia 10, quando teria sido morta em outro local. O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, é apontado como o executor. A criança foi entregue à ex-mulher, Dayanne de Souza.
Bruno, Macarrão e Sérgio respondem por sequestro e cárcere privado (pena de 1 a 3 anos), homicídio qualificado ( 12 a 30 anos) e ocultação de cadáver (1 a 3 anos). Bola é acusado de homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Em liberdade, Fernanda Gomes de Castro responde por sequestro e cárcere privado de Eliza e do bebê. Dayanne, Wemerson Marques de Souza e o caseiro do sítio, Elenilson Vitor da Silva, são acusados de sequestro e cárcere privado do menor.