O ex-policial civil Marcos Aparecido, o Bola, prestou depoimento na tarde desta quinta-feira no Departamento Estadual de Operações Especiais (Deoesp) sobre um suposto plano feito por ele para matar a juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, o delegado Edson Moreira, e os advogados Ércio Quaresma e José Arteiro. Durante as perguntas feitas pelos delegados, Bola afirmou que Jaílson Alves de Oliveira, homem que revelou as ameaças, inventou a história. “Ele afirmou que não está entendendo o porque o Jaílton está falando essas coisas. Disse também que a polícia pode ouvir os outros presos que conviviam com eles na penitenciária e que ninguém vai confirmar a versão de Jaílton”, conta o chefe do Deoesp, delegado Islande Batista.
Nessa manhã, a noiva do goleiro Bruno Fernandes, Ingrid de Oliveira, prestou depoimento e afirmou que não sabia nada a respeito dos planos de Bola. O advogado dela, Francisco Simim, afirmou que Ingrid não conhece o traficante Nem. Ela foi a terceira pessoa ouvida pela polícia. Bruno e Macarrão também prestaram depoimento no início da semana e também negaram participação.
Após o depoimento de Bola, a polícia vai avaliar se será feita uma acareação entre o ex-policial civil e o detento que revelou o caso. Também poderá enviar uma carta precatória ao Rio de Janeiro para ouvir o Nem.
Relembre o Caso Bruno
De acordo com o inquérito, Eliza e a criança, suposto filho do goleiro, foram sequestrados por Luiz Henrique Romão e Sérgio Rosa Sales, primo de Bruno, no Rio de Janeiro, e trazidos para o sítio do atleta, em Esmeraldas, na Grande BH, em 4 de junho. A vítima teria sido mantida em cárcere privado até o dia 10, quando teria sido morta em outro local. O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, é apontado como o executor. A criança foi entregue à ex-mulher, Dayanne de Souza.
Bruno, Macarrão e Sérgio respondem por sequestro e cárcere privado (pena de 1 a 3 anos), homicídio qualificado ( 12 a 30 anos) e ocultação de cadáver (1 a 3 anos). Bola é acusado de homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Em liberdade, Fernanda Gomes de Castro responde por sequestro e cárcere privado de Eliza e do bebê. Dayanne, Wemerson Marques de Souza e o caseiro do sítio, Elenilson Vitor da Silva, são acusados de sequestro e cárcere privado do menor.