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Estado de Minas

Delegado do caso Bruno nega ter sofrido ameaças de morte

O delegado foi ouvido sobre o possível plano do ex-policial civil Marcos Aparecido, o Bola, para matar algumas pessoas envolvidas no crime que envolve o goleiro Bruno Fernandes


postado em 01/02/2012 16:52 / atualizado em 01/02/2012 17:19

O delegado Edson Moreira, que presidiu o inquérito sobre o sumiço e morte de Eliza Samudio, foi ouvido na tarde desta quarta-feira, no Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), sobre o suposto plano do ex-policial civil Marcos Aparecido, o Bola, para matar algumas pessoas envolvidas no crime que envolve o goleiro Bruno Fernandes. O depoimento foi colhido pelo delegado Wilson Luís de Oliveira, que preside o inquérito sobre o suposto plano.

Durante cerca de 20 minutos, o delegado Moreira disse que ficou sabendo sobre o suposto plano de Bola através da mídia. Ele contou que, posteriormente, recebeu a cópia do depoimento do detento que dividia cela com o ex-policial civil e que revelou o plano. Além disso, afirmou que já sofreu outras ameaças, mas nenhuma de Bola.

A denúncia do presidiário veio à tona em abril do ano passado. De acordo com o detento, o primeiro nome da lista de Bola seria o da juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, que preside o processo do sequestro, morte e ocultação do corpo de Eliza Samudio. Em seguida, vem o delegado Edson Moreira, o advogado José Arteiro, e o deputado Durval Ângelo.

A Polícia Civil busca agora uma prova direta sobre o suposto plano. A corporação tenta encontrar os outros presos que estavam na mesma cela de Bola, quando ele teria dado as declarações. Além disso, a Juíza Marixa Fabiane Rodrigues também deve ser ouvida.

Em relação ao traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o “Nem”, de 35 anos, que está preso no Presídio Federal de Campo Grande e é apontado como a pessoa que iria planejar as mortes, a polícia informou que deve ouvi-lo nos próximos dias. O responsável pelo presídio já teria autorizado que uma equipe da Polícia Civil seja enviada para o local para colher o depoimento. Porém, ainda não há data marcada.

Relembre o Caso Bruno

De acordo com o inquérito, Eliza e a criança, suposto filho do goleiro, foram sequestrados por Luiz Henrique Romão e Sérgio Rosa Sales, primo de Bruno, no Rio de Janeiro, e trazidos para o sítio do atleta, em Esmeraldas, na Grande BH, em 4 de junho. A vítima teria sido mantida em cárcere privado até o dia 10, quando teria sido morta em outro local. O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, é apontado como o executor. A criança foi entregue à ex-mulher, Dayanne de Souza.

Bruno, Macarrão e Sérgio respondem por sequestro e cárcere privado (pena de 1 a 3 anos), homicídio qualificado ( 12 a 30 anos) e ocultação de cadáver (1 a 3 anos). Bola é acusado de homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Em liberdade, Fernanda Gomes de Castro responde por sequestro e cárcere privado de Eliza e do bebê. Dayanne, Wemerson Marques de Souza e o caseiro do sítio, Elenilson Vitor da Silva, são acusados de sequestro e cárcere privado do menor.

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