A Justiça negou o pedido da defesa da ex-namorada do goleiro Bruno, Fernanda Gomes Castro, de revisão da sentença que determinou o julgamento dela e outros oito réus pelo desaparecimento e morte de Elisa Samúdio. Os advogados não querem que Fernanda enfrente o Tribunal do Júri de Contagem junto com os demais acusados.
Ela responde, em liberdade, por sequestro e cárcere privado da vítima e do bebê, filho de Eliza. Segundo inquérito da Polícia Civil, a acusada passou pelo sítio do ex-atleta, em Esmeraldas, teve contato com a vítima enquanto ela era mantida em cárcere e cuidou do bebê após a execução de Eliza.
Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, o pedido da defesa de Fernanda impede que o processo, inclusive recursos de outros réus, vá para instâncias superiores. Isso pode ocasionar uma atraso no julgamento do caso.
Entenda o caso
>> A modelo Eliza Samúdio, namorada do goleiro Bruno Fernandes, segundo a acusação, teria sido assassinada em junho de 2010, na casa do ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, em Vespasiano, Grande BH.
>> Ela e o filho recém-nascido, suposto filho do goleiro, teriam sido sequestrados por Luiz Henrique Romão e Sérgio Rosa Sales, primo de Bruno, no Rio, e trazidos no dia 4 de junho para o sítio do atleta, em Esmeraldas, na Grande BH.
>> A vítima teria sido mantida em cárcere privado até dia 10, quando teria sido morta fora dali. O ex-policial é apontado como o executor. A criança foi entregue à ex-mulher do goleiro, Dayanne de Souza.
>> Bruno, Macarrão e Bola aguardam julgamento. Dayanne; a ex-namorada do goleiro, Fernanda Gomes de Castro; o primo Sérgio; o caseiro Elenilson Vitor da Silva; Wemerson Marques de Souza, o Coxinha; e Flávio Caetano de Araújo respondem ao processo em liberdade.
>> Segundo o Ministério Público, Eliza foi morta porque pedia a Bruno, pai de seu bebê, que reconhecesse a paternidade da criança. Bruno, insatisfeito, teria criado o plano, unindo-se aos outros denunciados, para matar a ex-namorada. O corpo de Eliza não foi encontrado.