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Estado de Minas

Bola sofre princípio de infarto em penitenciária da Grande BH

Ex-policial passou mal na madrugada desta sexta-feira e foi levado para hospital em Betim


postado em 17/02/2012 08:40 / atualizado em 17/02/2012 10:31

O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, precisou ser levado para um hospital após sofrer um princípio de infarto na Penitenciária de São Joaquim de Bicas, na Grande BH, onde está detido acusado de envolvimento no desaparecimento e morte de Eliza Samúdio. Nessa unidade, o réu está em uma cela individual na ala destinada a ex-policiais.

De acordo com as Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), Bola passou mal por volta da 1h da manhã desta sexta-feira e chamou agentes penitenciários, que o levaram para a policlínica do presídio. Depois foi encaminhado para a Unidade de Atendimento Imediado (UAI) 7 de Setembro, no Centro de Betim. Ele chegou ao posto, por volta de 4h, reclamando dores do peito e foi submetido a um exame de sangue, além de um eletrocardiograma. Passou também por um exame para testar impulsos do coração.

Caso apresente mais complicações, ele será transferido para o Hospital Regional de Betim, senão, permanecerá em observação na UAI. Bola estava consciente, conversando e sentado em uma maca, em sala isolada, sob escolta de agentes da Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi). A prefeitura da cidade informou que vai divulgar nota com o estado de saúde do detento.

O advogado do acusado, Zanone Manuel de Oliveira, informou que o cliente já estava reclamando desde o fim do ano passado de dores no peito, quando ainda estava na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem. Foi solicitado pela defesa um check-up, mas o réu foi atendido por um enfermeiro da unidade que constatou água no pulmão. Segundo Zanone, o detento sempre teve crises asma, mas nunca sofreu de problemas no coração.

No crime contra Eliza, o ex-policial Marcos Aparecido do Santos é acusado de homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Segundo inquérito da Polícia Civil, no dia 10 de junho de 2010 a vítima foi levada para casa de Bola onde foi executada. O réu ainda é acusado de pelo menos mais cinco assassinatos e suspeito de envolvimento em um grupo de extermínio dentro do Grupo de Resposta Especial (GRE).

Desde o início das audiência do Caso Bruno, o ex-policial tentou mostrar que tem saúde frágil. Em uma das sessões no Fórum de Contagem, chorou e disse à juíza Marixa Rodrigues que tomava muitos remédios. A família dele também informou, na época, que o preso tem problemas de saúde.

Entenda o crime contra Eliza

>> A modelo Eliza Samúdio, namorada do goleiro Bruno Fernandes, segundo a acusação, teria sido assassinada em junho de 2010, na casa do ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, em Vespasiano, Grande BH.

>> Ela e o filho recém-nascido, suposto filho do goleiro, teriam sido sequestrados por Luiz Henrique Romão e Sérgio Rosa Sales, primo de Bruno, no Rio, e trazidos no dia 4 de junho para o sítio do atleta, em Esmeraldas, na Grande BH.

>> A vítima teria sido mantida em cárcere privado até dia 10, quando teria sido morta fora dali. O ex-policial é apontado como o executor. A criança foi entregue à ex-mulher do goleiro, Dayanne de Souza.

>> Bruno, Macarrão e Bola aguardam julgamento. Dayanne; a ex-namorada do goleiro, Fernanda Gomes de Castro; o primo Sérgio; o caseiro Elenilson Vitor da Silva; Wemerson Marques de Souza, o Coxinha; e Flávio Caetano de Araújo respondem ao processo em liberdade.

>> Segundo o Ministério Público, Eliza foi morta porque pedia a Bruno, pai de seu bebê, que reconhecesse a paternidade da criança. Bruno, insatisfeito, teria criado o plano, unindo-se aos outros denunciados, para matar a ex-namorada. O corpo de Eliza não foi encontrado.

(Com informações de Tatiana Alves da TV Alterosa)

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