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Estado de Minas

Advogado do Caso Bruno nega que tenha sido ameaçado por Bola

José Arteiro foi ouvido sobre o possível plano do ex-policial civil Marcos Aparecido, o Bola, para matar algumas pessoas envolvidas no crime com o goleiro Bruno Fernandes


postado em 12/04/2012 19:42 / atualizado em 12/04/2012 19:56

O advogado José Arteiro, que denunciou o possível plano do ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, de matar algumas pessoas envolvidas no crime que envolve o goleiro Bruno Fernandes, prestou depoimento sobre o caso nesta quinta-feira. O defensor protocolou um documento no Tribunal do Júri de Contagem em abril do ano passado após ouvir relatos de um detento que cumpria pena na mesma cela que Bola. No depoimento desta quinta-feira, ele afirmou que não foi ameaçado pessoalmente por ninguém.

“Ele falou que apenas recebeu a denúncia através do preso da penitenciária e que em nenhum momento foi ameaçado”, disse o delegado Wilson Luiz de Oliveira, da Divisão Especializada de Operações Especiais (Deoesp).

No suposto plano, o primeiro nome da lista de Bola seria o da juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, que preside o processo do sequestro, morte e ocultação do corpo de Eliza Samudio. Em seguida, viria o delegado Edson Moreira, seguido do advogado José Arteiro e do deputado Durval Ângelo. Todos foram ouvidos pela polícia e informaram que nunca foram ameaçados pelo ex-policial civil.

Na versão do detento que denunciou o caso, o plano seria executado pelo traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, de 35 anos, que está preso no Presídio Federal de Campo Grande. “Fui pessoalmente ao Mato Grosso e ouvi o Nem. Ele afirmou que não conhece nenhum dos envolvidos no caso e que nunca veio a Minas Gerais”, conta o delegado Wilson Luiz.

A polícia vai, agora, encaminhar o inquérito para a juíza Marixa Rodrigues, que vai se manifestar sobre as ameaças.

Relembre o Caso Bruno

De acordo com o inquérito, Eliza e a criança, suposto filho do goleiro, foram sequestrados por Luiz Henrique Romão e Sérgio Rosa Sales, primo de Bruno, no Rio de Janeiro, e trazidos para o sítio do atleta, em Esmeraldas, na Grande BH, em 4 de junho. A vítima teria sido mantida em cárcere privado até o dia 10, quando teria sido morta em outro local. O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, é apontado como o executor. A criança foi entregue à ex-mulher, Dayanne de Souza.

Bruno, Macarrão e Sérgio respondem por sequestro e cárcere privado (pena de 1 a 3 anos), homicídio qualificado ( 12 a 30 anos) e ocultação de cadáver (1 a 3 anos). Bola é acusado de homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Em liberdade, Fernanda Gomes de Castro responde por sequestro e cárcere privado de Eliza e do bebê. Dayanne, Wemerson Marques de Souza e o caseiro do sítio, Elenilson Vitor da Silva, são acusados de sequestro e cárcere privado do menor.

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