A carta escrita pelo goleiro Bruno Fernandes foi entregue para outro detento antes de chegar às mãos do amigo Luiz Henrique Romão, o Macarrão. A declaração foi dada pelo jogador nesta segunda-feira em depoimento aos agentes da Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi). De acordo com a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), o documento não consta nas correspondências enviadas e recebidas por presos do Complexo Penitenciário Nelson Hungria, em Nova Contagem, na Grande BH. A secretaria vai investigar como o bilhete saiu da unidade prisional. As informações serão enviadas ao Poder Judiciário para possíveis sanções.
Na manhã desta segunda-feira, os advogados do goleiro foram até a penitenciária para confirmar se realmente o atleta escreveu a carta. Bruno confirmou para seus defensores que foi ele mesmo que escreveu o bilhete.
O advogado Rui Pimenta diz que a missiva seria uma correspondência que tratava do rompimento de um relacionamento amoroso entre Bruno e Macarrão. O advogado chegou a se referir a um “relacionamento homossexual ativo e passivo” entre os dois amigos. Pimenta tenta usar a mensagem para livrar Bruno de acusações. “Essa reportagem (da Revista Veja) serve de página de inocência do Bruno”, afirma.
O ex-goleiro Bruno, o primo dele, Sérgio Rosa Sales e o amigo Macarrão, foram pronunciados por homicídio triplamente qualificado, sequestro, cárcere privado e ocultação de cadáver. O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, vai a júri popular pelos crimes de homicídio e ocultação de cadáver.
(Com informações de Luana Cruz)