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Estado de Minas

Testemunha do Caso Bruno que fugiu da prisão volta para a Nelson Hungria

Ele fazia um trabalho de pintura no Departamento de Investigações da Polícia Civil quando conseguiu escapar, sendo recapturado horas mais tarde


postado em 18/07/2012 21:28

Já está preso novamente na Grande BH Jaílson Alves de Oliveira, considerado uma importante testemunha do Caso Bruno. Ele chegou por volta das 21h desta quarta-feira na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, depois de ter sido recapturado em Guanhães, no Vale do Rio Doce. Ele fugiu no dia anterior quando prestava um serviço dentro do Departamento de Investigações de Homicídios e Proteção à Pessoa, na capital.

De acordo com a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), a Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi) abriu um processo administrativo para investigar as circunstâncias da escolha de Jaílson para realizar o trabalho no DI. A unidade solicitou a disponilização de um detento para realizar uma pintura no prédio, mas não especificou quem deveria cumprir a tarefa.

A Polícia Civil abrirá, segundo a Seds, uma sindicância para apurar como o detento fugiu de dentro do DI, já que deveria ser escoltado enquanto realizava o trabalho. Ele deixou o local por volta das 10h30 desssa terça-feira e foi recapturado cerca de 12 horas depois. Ele foi parado em um posto da da Polícia Rodoviária Federal (PRF) próximo a São João Evangelista. Ele estava em uma moto Yamanha, que pertence à companheira dele, sem habilitação ou qualquer outro documento. Jaílson tentou enganar os policiais apresentando dois nomes falsos. Primeiro, ele afirmou se chamar Marcos Aurélio dos Santos e depois Jesaia Alves de Oliveira, no entanto, nenhum desses nomes existe e, por fim, Jaílson acabou confessando sua identidade e assumindo que era um foragido.

Jailson deveria estar preso na Nelson Hungria. No entanto, ele teve de ser transferido para o Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) São Cristóvão por medida de segurança depois de denunciar um suposto plano do ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola – seu colega de cela -, para assassinar a juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, do Tribunal do Júri de Contagem, o delegado Edson Moreira, chefe do DI, e os advogados Ércio Quaresma e José Arteiro.

A transferência dele para o Ceresp ocorreu em abril do ano passado. Ao saber da fuga ocorrida nessa terça-feira, o advogado que o defende, Ângelo Carbone, chegou temer que ele tivesse sido vítima de queima de arquivo. “Acho estranha essa fuga se ele estava em regime fechado. É tudo mais estranho. Vamos ouvi-lo para ver o que ele tem a dizer agora”, disse.
(Com informações de Cristiane Silva, Luana Cruz e Juscelino Ferreira)

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