Já está preso novamente na Grande BH Jaílson Alves de Oliveira, considerado uma importante testemunha do Caso Bruno. Ele chegou por volta das 21h desta quarta-feira na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, depois de ter sido recapturado em Guanhães, no Vale do Rio Doce. Ele fugiu no dia anterior quando prestava um serviço dentro do Departamento de Investigações de Homicídios e Proteção à Pessoa, na capital.
De acordo com a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), a Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi) abriu um processo administrativo para investigar as circunstâncias da escolha de Jaílson para realizar o trabalho no DI. A unidade solicitou a disponilização de um detento para realizar uma pintura no prédio, mas não especificou quem deveria cumprir a tarefa.
Jailson deveria estar preso na Nelson Hungria. No entanto, ele teve de ser transferido para o Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) São Cristóvão por medida de segurança depois de denunciar um suposto plano do ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola – seu colega de cela -, para assassinar a juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, do Tribunal do Júri de Contagem, o delegado Edson Moreira, chefe do DI, e os advogados Ércio Quaresma e José Arteiro.
A transferência dele para o Ceresp ocorreu em abril do ano passado. Ao saber da fuga ocorrida nessa terça-feira, o advogado que o defende, Ângelo Carbone, chegou temer que ele tivesse sido vítima de queima de arquivo. “Acho estranha essa fuga se ele estava em regime fechado. É tudo mais estranho. Vamos ouvi-lo para ver o que ele tem a dizer agora”, disse.
(Com informações de Cristiane Silva, Luana Cruz e Juscelino Ferreira)