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Estado de Minas

Goleiro Bruno não deve comparecer ao enterro do primo, diz Seds

Segundo a Secretaria, a defesa não fez pedido para liberação do detento. A previsão é de que o corpo de Sérgio seja sepultado às 11h. Família mantém silêncio.


postado em 23/08/2012 10:21

A Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) informou nesta quinta-feira que o goleiro Bruno Fernandes não deve comparecer ao enterro do primo Sérgio Rosa Sales, morto na quarta-feira no Bairro Minaslândia, Região Norte de Belo Horizonte. Conforme a assessoria da Secretaria, não houve pedido por parte da defesa do goleiro, que cumpre pena na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Grande BH.

Segundo um dos advogados de Bruno, Rui Pimenta, Francisco Simim foi à penitenciária nesta manhã para falar com o cliente. Conforme o Artigo 120 da Lei de Execução Penal (nº 7.210), presos em regime fechado, semi-aberto ou presos provisórios só têm permissão de saída no caso de falecimento ou doença grave do cônjuge, companheira, ascendente, descendente ou irmão.

A previsão é de que o corpo de Sérgio seja sepultado às 11h. O funeral começou por volta das 20h15 no velório 2 do Cemitério da Saudade, Região Leste de Belo Horizonte. Pela manhã, a avó que criou o jovem e Bruno, Estela de Souza, chegou ao velório. Familiares e amigos evitam falar com a imprensa. Guardas municipais acompanham a movimentação no local. Durante a noite, policiais militares fizeram a segurança.

Entenda o caso

Em liberdade há 378 dias, Sérgio, 24 anos, conhecido como Camelo, foi assassinado pela manhã, a poucos metros de casa, no Bairro Minaslândia, Região de Venda Nova, em Belo Horizonte, quando saía para o primeiro dia de trabalho em um serviço de pintura. Testemunhas viram um homem em uma moto vermelha, de capacete rosa, perseguindo o rapaz pelas ruas, com um revólver 38 na mão. Baleado nas costas, Sérgio ainda conseguiu correr por três quarteirões, gritou por socorro e tentou se refugiar no quintal da casa de amigos. Encurralado, foi atingido outras vezes: braço, peito, barriga, mão e rosto. Morreu na hora.

Na noite de quarta, o pai do rapaz, Carlos Alberto Sales, negou que o filho estivesse envolvido numa recente briga durante uma partida de futebol, em que teria agredido uma pessoa com um tapa no rosto, versão que circulou após o assassinato e será investigada pela polícia. A defesa de Sérgio, que também respondia por homicídio qualificado, sequestro, cárcere privado e ocultação de cadáver, não solicitou a proteção.

(Com informações de Pedro Ferreira, Andréa Silva, Paula Sarapu, Guilherme Paranaíba e Landercy Hemerson)

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