O delegado Frederico Abelha, responsável pelo inquérito que investiga a execução de Sérgio Rosa Sales, descartou a hipótese de que o primo do goleiro Bruno tenha se envolvido em uma briga durante uma partida de futebol, o que supostamente poderia ter motivado uma vingança. A informação é da Polícia Civil.
Existem outras duas linhas de investigação seguidas pela polícia: queima de arquivo devido ao processo do desaparecimento e morte da ex-amante do goleiro Eliza Samudio, a que Sérgio respondia na Justiça com outros sete acusados e envolvimento com o tráfico de drogas. A polícia já teria recebido 20 versões diferentes a respeito do assassinato.
Entenda o caso
Em liberdade há 378 dias, Sérgio, 24 anos, conhecido como Camelo, foi assassinado pela manhã, a poucos metros de casa, no Bairro Minaslândia, Região de Venda Nova, em Belo Horizonte, quando saía para o primeiro dia de trabalho em um serviço de pintura. Testemunhas viram um homem em uma moto vermelha, de capacete rosa, perseguindo o rapaz pelas ruas, com um revólver 38 na mão. Baleado nas costas, Sérgio ainda conseguiu correr por três quarteirões, gritou por socorro e tentou se refugiar no quintal da casa de amigos. Encurralado, foi atingido outras vezes: braço, peito, barriga, mão e rosto. Morreu na hora.
Eliza Samudio
Sérgio Rosa Sales respondia por homicídio triplamente qualificado, sequestro, cárcere privado e ocultação de cadáver de Eliza Samúdio, juntamente com o primo Bruno e Macarrão, que seguem presos. Sérgio ficou preso na Penitenciária Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves, Região Metropolitana de Belo Horizonte, por mais de um ano. Ele foi solto em 11 de agosto de 2011, por ter contribuído com as investigações.
Um dos primos de Sérgio diz que ele era tranquilo e estava trabalhando como pintor. Diariamente, pela manhã, ele costumava ir a uma padaria e seguia para o trabalho. Ainda conforme o parente, ele se apresentava mensalmente no Fórum para as audiências. O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) informou que, como estava em liberdade provisória, aguardando julgamento, Sérgio devia se apresentar todos os meses e estava em dia com as visitas.