A polícia vai investigar se um grupo preso com drogas e armas na tarde desta sexta-feira no Bairro Minaslândia, na Região Norte de Belo Horizonte, tem participação na morte de Sérgio Rosa Sales, primo do goleiro Bruno Fernandes. A suspeita foi levantada por uma denúncia anÔnima recebida pela Polícia Militar logo após as prisões.
Militares do Grupo Especializado em Áreas de Risco (Gepar) patrulhavam pelo bairro quando foram parados por um morador. Essa pessoa passou informações detalhadas para a PM sobre uma casa localizada na Rua Joana D'arc que serviria de quartel para o tráfico de drogas. No momento em que os policiais chegaram na residência, os suspeitos tentaram fugir. O dono do imóvel, Antônio de Oliveira Souza, de 43 anos, foi flagrado tentando esconder um revólver. Outras seis pessoas foram presas.
Logo após as prisões, a PM recebeu uma denúncia anônima dando conta que alguns dos homens participaram da morte de Sérgio. Parte dos suspeitos são moradores da parte baixa do Bairro Minaslândia que teria uma rixa com os moradores da parte de cima. O primo do goleiro Bruno morava na parte alta.
Todos os suspeitos irão responder por tráfico de drogas e posse ilegal de armas. Os revólveres apreendidos devem ser encaminhados para o exame de balística, para comprovar se as balas que mataram Sérgio saíram de alguma das armas. A Polícia Civil informou que a delegacia de homicídios ainda não recebeu nenhuma informação sobre o caso.
Sérgio, 24 anos, conhecido como Camelo, foi assassinado na quarta-feira pela manhã a poucos metros de casa, no mesmo bairro onde os suspeitos foram presos. Quando saía para o primeiro dia de trabalho em um serviço de pintura foi seguido por um homem em uma moto vermelha e de capacete rosa. O primo do goleiro Bruno tentou fugir, mas foi baleado nas costas. Ele ainda conseguiu correr por três quarteirões, gritou por socorro e tentou se refugiar no quintal da casa de amigos. Encurralado, foi atingido outras vezes: braço, peito, barriga, mão e rosto. Morreu na hora.
O delegado Frederico Abelha, responsável pelo inquérito que investiga a execução, descartou nesta sexta-feira a hipótese de que Sérgio tenha se envolvido em uma briga durante uma partida de futebol, o que supostamente poderia ter motivado uma vingança.