O advogado do primo do goleiro Bruno, Jorge Luiz Rosa, de 18 anos, uma das testemunhas-chave do processo que investiga o sumiço e morte de Eliza Samudio, entrou com pedido de medida protetiva para o jovem. Nesta terça-feira, Rosa participou de uma audiência no Centro Integrado de Atendimento ao Adolescente Autor de Ato Infracional (Cia-BH), quando foi ouvido pela juíza Valéria da Silva Rodrigues, titular da Vara Infracional da Infância e Juventude.
Jorge chegou ao Cia-BH por volta de 10h20 e falou por cerca de quatro horas. Ele foi avaliado por uma equipe multidisciplinar, o que ocorre periodicamente. “Essas audiências servem para avaliar a situação dele. Normalmente acontece de seis em seis meses. Os laudos são juntados ao processo e depois avaliados pelo Ministério Público e a Justiça”, explica Eliézer Jônatas de Almeida Lima, defensor do primo de Bruno.
Mesmo sem acreditar na hipótese de execução por causa do Caso Bruno, o defensor já fez um pedido de proteção para o jovem, que é uma das principais testemunhas das investigações. “Existe um pedido da defesa dele, mesmo não tendo a preocupação de queima de arquivo. Por ser pai e avô, é claro que meu preocupo com ele”, disse Eliézer.
Testemunha chave
Jorge é uma das principais testemunhas do Caso Bruno. Em julho de 2010, um tio denunciou o envolvimento do garoto na morte de Eliza Samúdio. O jovem disse a ele que Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, e o goleiro Bruno, teriam levado Eliza e o filho pequeno de um hotel, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, até o sítio de Bruno, em Esmeraldas, na Grande BH. Durante as investigações, Jorge também havia informado que partes do corpo da modelo haviam sido jogadas para cachorros comerem.
Em agosto de 2010, o juiz da Infância e Juventude de Contagem, Elias Charbil Abdou Obeid, determinou a internação de Jorge por tempo indeterminado. A decisão do magistrado levou em conta os crimes, homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere privado.