O ex-motorista do goleiro Bruno Fernandes, Cleiton da Silva Gonçalves, assumiu que foi o mandante do assassinato de Elvis Silva Camargo, morto com seis tiros, em março deste ano, dentro de uma churrascaria às margens da BR-040, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Gonçalves afirmou que esse crime, e não a morte de Eliza Samúdio, está relacionado aos atentados.
Cleiton chegou no Departamento de Investigações (DI), no Bairro Lagoinha, Região Nordeste de BH, às 10h. Ele prestou depoimento por três horas acompanhado de uma advogada. O ex-motorista de Bruno afirmou ao delegado Wagner Pinto, que conhece a pessoa que está tentando matá-lo. Segundo ele, o suspeito seria um adolescente que está cometendo os atentados a mando de dois antigos comparsas de Clayton, que estão presos pelo assassinato de um homem dentro de um restaurante às margens da BR-040.
O ex-motorista de Bruno foi indiciado como mandante do crime pela polícia. Porém, a Justiça não entendeu que ele teria participação do homicídio. Os dois comparsas, que estão presos, ficaram revoltados com a decisão e por isso mandaram matar Cleiton.
As duas tentativas de homicídio contra Gonçalves aconteceram em menos de três dias. A primeira delas aconteceu na noite de domingo no Bairro Conjunto Liberdade. De acordo com o boletim de ocorrência da Polícia Militar (PM), dois homens chegaram em um bar na Rua 12, número 102, por volta das 20h. Armados, os dois desceram e atiraram contra clientes do estabelecimento que assistiam ao jogo entre Atlético e Cruzeiro. Um adolescente de 13 anos levou um tiro na perna esquerda. Ele foi socorrido para a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) Ressaca, onde foi atendido e liberado. A esposa de Cleiton, que não quis se identificar, afirmou que ele chegou a ser baleado de raspão.
No fim da tarde de segunda-feira, Cleiton afirma que estava com a namorada dentro de um carro, também na região do primeiro atentado, quando foi alvo de tiros. O veículo em que estavam teve o vidro quebrado.