O goleiro Bruno Fernandes vai continuar preso. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, negou pedido de liminar impetrado pela defesa do réu pedindo a liberdade para o ex-atleta, enquanto não acontece o julgamento sobre desaparecimento e morte de Eliza Samudio. Na decisão, o ministro declarou que não há nada a prover, pois a nova solicitação do advogado Rui Pimenta não tem inovações em relação à petição inicial. Há cerca de 15 dias, o defensor havia afirmado que Bruno poderia deixar a penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, ainda em setembro. No entanto, o pedido de soltura foi novamente negado pelo STF.
Entenda o caso
-Em 4 de junho de 2010, Macarrão e um adolescente sequestraram Eliza e o bebê, a agrediram e a levaram para a casa do goleiro no Recreio dos Bandeirantes, Rio de Janeiro.
-No dia seguinte, Eliza foi trazida para Contagem, na Grande BH e, depois para o sítio do goleiro, em Esmeraldas, onde foi mantida em cativeiro até ser morta, em 10 de junho.
-O homicídio ocorreu à noite, em Vespasiano, num imóvel que pertencia ao ex-policial Bola, que estrangulou Eliza com a ajuda de Macarrão. O ex-policial também sumiu com o corpo, que ainda não foi encontrado.
-O filho de Eliza foi levado de volta ao sítio. Lá, Bruno, Macarrão, Sérgio Sales e o adolescente queimaram a mala e as roupas da vítima.
-Os acusados foram para Ribeirão das Neves e de lá para o Rio de Janeiro em um ônibus que transportava o time mantido por Bruno, o 100% Futebol Clube.
-Dayanne, ex-mulher do goleiro, ficou com o bebê no sítio. Em 18 de junho, ela viajou e deixou a criança com Elenilson e Wemerson. O garoto foi entregue para uma mulher, que o repassou para outra.
-Bruninho foi localizado pela polícia depois de receber denúncia da morte de Eliza. Todos os envolvidos foram presos e denunciados à Justiça, mas apenas três estão presos.