(none) || (none)
Publicidade

Estado de Minas

Após mais de 12 horas de sessão e manobras da defesa, julgamento de Bola é suspenso

Júri será retomado nesta terça-feira, quando serão ouvidas três testemunhas de defesa


postado em 05/11/2012 23:06 / atualizado em 06/11/2012 11:00

Bola terá de enfrentar outro Júri Popular ainda neste mês: ao lado do goleiro Bruno e outros quatro réus, ele será julgado pela morte de Eliza Samudio(foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press)
Bola terá de enfrentar outro Júri Popular ainda neste mês: ao lado do goleiro Bruno e outros quatro réus, ele será julgado pela morte de Eliza Samudio (foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press)

 

Foi suspenso por volta das 22h30 desta segunda-feira o julgamento do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, pelo assassinato do carceireiro Rogério Martins Novelo, ocorrido em maio de 2000. A sessão será retomada nesta terça-feira, às 9h, no Fórum Doutor Pedro Aleixo, em Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte. Bola foi reconhecido pela irmã da vítima, que testemunhou o crime, depois que a imagem do ex-policial foi exibida em diversas emissoras de TV quando veio à tona o desaparecimento de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno.

Neste primeiro dia, em meio a manobras da defesa para tentar adiar júri, foram ouvidas as duas testemunhas da acusação e uma da defesa. Nesta terça-feira serão ouvidas outras três testemunhas arroladas pelo defensor de Bola, o advogado Ércio Quaresma. Entre elas está o delegado Edson Moreira, que era chefe do Departamento de Investigações da Polícia Civil e presidiu o inquérito sobre o desaparecimento e morte de Eliza Samudio, crime pelo qual Bola também responde, apontado como executor do homicídio.

O júri teve início por volta das 10h e de imediato a defesa apresentou recurso para adiar mais uma vez a data. Inicialmente marcado para 24 de outubro, o julgamento foi adiado porque advogado do réu não compareceu ao fórum no dia. Desta vez, Ércio Quaresma apresentou questões de ordem à juíza Marixa Rodrigues, alegando que foram anexados, pelo Ministério Público, novos documentos ao processo aos quais ele não teve acesso. A promotoria por sua vez afirmou que o defensor tinha ciência dos autos.

A magistrada optou por sortear os sete jurados para, após um intervalo de uma hora, analisar o pedido da defesa, que acabou sendo negado. Somente no começo da noite as testemunhas começaram a ser ouvidas. Pela ordem, primeiro foi feita a oitiva das testemunhas de acusação.

A primeira testemunha de defesa convocada a falar foi o delegado Edson Moreira. Èrcio Quaresma pediu à juíza para que o delegado respondesse a perguntas referentes ao inquérito criminal sobre o caso Eliza Samudio, o que tumultou o júri. Houve debate e a promotoria se mostrou contrária ao pedido da defesa. A juíza Marixa decidiu então que os jurados se manifestassem, por meio de questionário, a respeito da solicitação.

Ércio Quaresma tentou fazer deste julgamento uma prévia do júri sobre o Caso Eliza Samudio(foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press)
Ércio Quaresma tentou fazer deste julgamento uma prévia do júri sobre o Caso Eliza Samudio (foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press)
O júri decidiu que o julgamento de Bola pelo assassinato do carceireiro não deveria servir de prévia do Júri Popular do goleiro Bruno e outros quatro réus, entre eles o ex-policial, marcado para o próximo dia 19. Edson Moreira foi dispensado de falar nesta segunda-feira, mas retorna ao fórum na terça-feira para prestar seu testemunho. Em seguida, foi ouvida uma outra testemunha de defesa e a sessão foi suspensa.

Entenda o caso

Bola é acusado da morte de Rogério Martins Novelo, em maio de 2000, no Bairro São Joaquim. Bola foi reconhecido pela irmã da vítima, que testemunhou o crime, depois que a imagem dele foi veiculada em diversas emissoras de TV e em jornais pelo suposto envolvimento no assassinato de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno.

Segundo denúncia do Ministério Público (MP), Bola teria atirado contra a vítima, que estava dentro de um veículo em frente ao estabelecimento comercial onde trabalhava. Para o MP, o crime teria sido encomendado, já que os envolvidos não se conheciam. Dados do processo revelam que o réu teria espreitado o local de trabalho de Rogério, na tentativa de identificá-lo.

No dia 24, o ex-policial chegou a passar mal e teve de ser levado ao hospital por uma ambulância. Durante a tarde ele recebeu alta e voltou para a cadeia.

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)