O primeiro dia de julgamento foi considerado bom pelo promotor Henry de Castro. Para ele, o depoimento de Cleiton da Silva Gonçalves, ex-motorista de Bruno Fernandes, foi importantíssimo para o restante dos trabalhos. Tanto que, nesta terça-feira, poderá, haver acareação entre o interrogado e uma testemunha que estava presente na primeira vez em que o ex-motorista do goleiro Bruno falou com a Polícia Civil. Na ocasião, Cleiton afirmou que tentou entrar na sede do sítio do atleta, durante uma festa do time 100%, mas foi impedido pelo goleiro, pois Eliza Samudio estava no local. Hoje, Cleiton afirmou que prestou esse depoimento sob pressão.
“Hoje ele afirmou, como já prevíamos, que esse depoimento teria sido tomado sob algum tipo de constrangimento. Prevendo isso já arrolamos uma das testemunhas da colheita do testemunho do Cleiton, sabedores que aquele testemunho foi colhido de maneira isenta e idônea”, afirmou o promotor. A testemunha arrolada foi identificada como João Batista. Não foi informado se ele é um policial ou apenas uma pessoa que acompanhou os depoimentos.
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Após a acareação prevista para esta terça-feira, caso os jurados entendam que Cleiton mentiu no interrogatório, ele poderá ser responsabilizado criminalmente. “Se ficar comprovado que ele mentiu, será questionado aos jurados, após o julgamento dos réus, se aquela testemunha teria em tese cometido o falso testemunho. Se os jurados responderem que sim, a juíza ordenará a instauração de inquérito policial”, disse Henry de Castro.
Fotos de pornográficas de Eliza
Os advogados do ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, e de mais um réu, anexaram fotos pornográficas de Eliza Samudio no processo. Um pouco antes dos depoimentos, o promotor pediu que essas imagens fossem retiradas dos autos, o que foi acatado pela juíza Marixa Rodrigues. “Entendemos que essa vitima, que foi assassinada e teve seu corpo tornado em cacos, não poderia agora ter sua memória vilipendiada e achocalhada pela defesa dos réus. Está em julgamento os réus e não a vítima”, indagou.
A juíza também dispensou o testemunho do delegado Edson Moreira, mas acatou ouvir as delegadas Ana Maria Santos e Alessandra Wilke. Foram as duas que fizeram o transporte do goleiro Bruno do Rio de Janeiro para Belo Horizonte. Dentro do avião, o atleta foi filmado afirmando que o amigo Luiz Henrique Ferreira Romão, o "Macarrão", é o único responsável pelo sumiço de Eliza..