A defesa do detento Jaílson Alves de Oliveira, considerado uma das importantes testemunhas do Caso Eliza Samudio, pediu proteção para o cliente nesta segunda-feira. Em documento encaminhado à reportagem do em.com.br, o advogado Francisco Angelo Carbone apresenta um relato da mulher de Jaílson. Ela narra a preocupação do companheiro e revela uma suposta ameaça de morte feita pelo goleiro Bruno, no último 13 de novembro.
"Foi ameaçado pelo Bruno quando estava no sol", conta a mulher, identificada apenas como Dona Zélia (ela tem o benefício de proteção à testemunha). "Bruno disse que ele não perde por esperar, que os dias dele estão contados", completou.
Além da proteção para o cliente, Carbone também solicitou a abertura de um processo administrativo na Penitenciária Nelson Hungria e de um inquérito para apurar a suposta ameaça de morte.
Leia Mais
Promotor diz que primeiro de júri dia foi bom para a acusaçãoJulgamento é novela com muitos capítulosAdvogados de Bola e Macarrão abandonam julgamentoJaílson de Oliveira denuncia ameaça de morte e pede proteção Antes de assumir caso, advogado sugere que Bruno e Macarrão confessem crimeBola fora no primeiro dia de julgamento do Caso BrunoEm abril do ano passado, Jailson procurou advogados para denunciar um suposto plano do ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola - seu colega de cela -, para assassinar a juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, do Tribunal do Júri de Contagem, o delegado Edson Moreira, os advogados Ércio Quaresma e José Arteiro. Segundo o detento, os assassinatos contariam com a participação de traficantes do Rio de Janeiro.
A polícia investigou o caso e fez uma acareação entre Bola e Jaílson em dezembro do ano passado, local onde teriam começado as ameaças contra ele. De acordo com o detento, no dia da oitiva, ele foi deixado em uma sala e foi ameaçado por um policial, que o homem acredita ter o nome de José.