Jornal Estado de Minas

Ambulantes aproveitam movimentação no julgamento do Caso Bruno para faturar

Amarildo Souza Oliveira, de 50 anos chegou cedo para vender salgados - Foto: João Henrique do Vale/EM/D.A.Press
Salgados, picolés, churros e até quentinhas. Os comerciantes aproveitaram a grande movimentação em frente ao Fórum Doutor Pedro Aleixo, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde acontesse o julgamento sobre o sumiço e morte de Eliza Samudio, para poder faturar dinheiro.Alguns deles chegaram logo no início da manhã e prometem trabalhar no local até o fim das audiências, que estão previstas durar no mínimo 10 dias.

Veja fotos de dentro do Fórum na manhã desta terça-feira

Empurrando um carrinho com um galão de 20 litros carregado de suco, o comerciante Amarildo Souza Oliveira, de 50 anos, aproveitou para ajudar a mulher. "Sou mestre de obra há 30 anos, mas ontem machuquei as costas e fiquei impossibilitado de trabalhar. Por causa disso, vim vender salgados para minha mulher", disse animado. Em pouco tempo em que esteve na frente do fórum conseguiu vender alguns alimentos. Cada um saiu por R$ 2,50 e é acompanhado de um copo de suco. "Aonde tem festa estamos ai para sambar", comemorou.

Acostumado a trabalhar na frente do fórum, o vendedor de balas Quirino Pereira Gurgel, de 82 anos, ficou impressionado com aglomeração de pessoas. "Não vendi mais que o normal Mas é a primeira vez que vejo isso aqui desse jeito.
É uma movimentação estranha. Muita gente da imprensa", disse.

O forte calor que fez durante todo o dia, também ajudou alguns vendedores de picolé. Enquanto conversava com a reportagem, Carlos Roberto, de 50 anos, não parava de vender as suas mercadorias. "Hoje está bastante movimentado. Esse tipo de processo chama a atenção de muita gente. Pretendo vim todos os dias", comentou.

Na hora do almoço, restaurantes em torno da Praça Tiradentes, onde se localiza o fórum, ficaram lotados. Comerciantes afirmaram que o movimento foi bem acima dos outros dias.
O dono de um dos estabelecimentos, que não quis se identificar por medo de assaltantes, disse que até teve de contratar novos empregados para os dias que durarem o julgamento..