Luiz Henrique Romão recebeu a condenação que lhe devolveu à Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, Grande BH, de cabeça baixa. Fernanda Gomes de Castro, condenada, mas livre da cadeia, se aproximou dele e desejou boa sorte, depois de lhe dar um abraço. Para o advogado do réu, Leonardo Diniz, a estratégia da confissão foi acertada. Ele considerou o resultado uma vitória e disse que a decisão de contar o que houve com Eliza partiu de Macarrão. "Vamos analisar semana que vem se vamos recorrer, mas estava dentro do esperado."
A advogada Carla Silene, que representa a ex-namorada do goleiro, também considerou o resultado justo. Segundo ela, a grande vitória foi Fernanda não ser pronunciada pelo homicídio. "Diante do contexto de tumulto e cerceamento, ela já estava preparada, mas está cansada e abalada emocionalmente. Vamos recorrer da decisão", anunciou a advogada.
Leia Mais
Foto: Macarrão chora depois de leitura da sentençaDefesa de Macarrão vai analisar se recorrerá da sentençaMãe de Eliza: "a morte da minha filha não foi em vão"Advogado de Bruno vai pedir nulidade do processoMacarrão e Fernanda são condenados pelo Júri Popular em ContagemManíaco do Anchieta e membros da Galoucura enfrentam banco dos réus em janeiroUm promotor dedicado e rigoroso"Bruno já está condenado", diz promotorMacarrão pode passar ao regime semi-aberto em pelo menos três anosA crônica da condenação de Fernanda e MacarrãoÁlbum queimado de Bruninho vira prova contra réus do processoPara a mãe de Macarrão, dona Luciene, o promotor disse que esse era o melhor recomeço possível. Sônia Moura, mãe de Eliza, também chorou, cumprimentando o promotor. Ela se emocionou ao deixar o fórum e foi recebida com aplausos por uma multidão. Para ela, a justiça agora está começando a ser feita, em nome do seu neto e em memória de Eliza. “Estou chorando porque não tenho os restos mortais da minha filha”, disse.
Já a mãe de Fernanda, dona Solange, reconfortou a filha com abraço apertado, balançando a cabeça positivamente ao ouvir a pena.
Sentença
Ao ler a sentença, a magistrada disse que Macarrão não conseguiu acabar com a vida "que se iniciava no ventre de Eliza" , mantendo-a rendida, até levar a moça para a morte. Segundo a juíza, "a execução foi meticulosamente articulada". Ela considerou a materialidade do crime a partir das provas indiretas.
Sobre Fernanda, disse que, embora a ré não soubesse que o destino de Eliza seria a morte, a ex-namorada de Bruno "auxiliou na vigília de Eliza e privou o bebê da companhia da mãe". "O sequestro foi o prelúdio do extermínio", completou a magistrada, antes de anunciar a punição..