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Estado de Minas

Jaílson de Oliveira denuncia ameaça de morte e pede proteção

O detento que denunciou um suposto esquema para matar juíza e outros envolvidos no Caso Bruno alega que as ameaças estariam sendo feita por agentes prisionais ligados a Bola e também a mando do policial civil José Laureano de Assis, mais conhecido como Zezé


postado em 23/01/2013 07:28 / atualizado em 23/01/2013 07:35

Jaílson de Oliveira chega ao fórum de Contagem, em novembro do ano passado(foto: Sidney Lopes/EM/D.a Press - 19/11/12)
Jaílson de Oliveira chega ao fórum de Contagem, em novembro do ano passado (foto: Sidney Lopes/EM/D.a Press - 19/11/12)


Um novo pedido de proteção para o detento Jaílson Alves de Oliveira, que testemunhou contra acusados de matar Eliza Samudio, chegou na tarde de ontem às mãos da juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues. A petição também foi encaminhada para Ministério Público de Minas Gerais pelo defensor do preso, Angelo Carbone. No documento, o advogado pede ainda que Jaílson seja transferido da Penitenciária de Segurança Máxima Nelson Hungria, em Contagem, na Grande BH, onde cumpre pena. Segundo Carbone, seu cliente alega que está recebendo ameaças de morte. A Vara de Execução Criminal (VEC) de Contagem, na Grande BH, confirmou o recebimento da petição, que está sendo avaliada.

As ameaças de morte contra Jaílson, que já pediu em outras três situações pedido de proteção à Justiça, a última delas em novembro, teriam começado após o preso dizer que ouviu do ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, a confissão do assassinato de Eliza Samudio. Os dois dividiram cela na Penitenciária Nelson Hungria.

Na ocasião, Bola teria revelado que o corpo da mulher foi queimado e os restos mortais jogados em uma lagoa. Jaílson também denunciou um suposto plano de Bola para matar cinco pessoas envolvidas no processo, entre as quais a juíza Marixa Rodrigues. O detento confirmou as afirmações em juízo, no fórum de Contagem, em novembro, ao participar do julgamento de Macarrão e Fernanda Gomes de Castro, também envolvidos no desaparecimento e morte da modelo.

Carta

O novo pedido de proteção, segundo Carbone, foi decidido após o recebimento de uma carta escrita por Jaílson. No documento, o detento, que por questões de segurança está atualmente em uma cela separada, revela estar recebendo novas ameaças de morte e que não está se sentido seguro dentro do presídio.

Segundo Carbone, as ameaças estariam sendo feita por agentes prisionais ligados a Bola e também a mando do policial civil José Laureano de Assis, mais conhecido como Zezé. Este último chegou a ser investigado por envolvimento no crime contra Eliza, mas não foi indiciado. Carbone alega que o cliente está sendo pressionado, ameaçado e torturado dentro da Nelson Hungria. "Eles querem que o Jaílson volte atrás nas declarações que deu à Justiça, mas isso não vai acontecer. Só não entendo até agora por que não prenderam o Zezé, já que existem provas suficientes do envolvimento dele nesse crime. É a impunidade desse policial que está trazendo problemas", afirma Carbone.

No documento que Jaílson enviou a Carbone, ele pede até a intervenção do ministro do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, para que seja transferido da cadeia.

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