A grande expectativa por uma confissão do goleiro Bruno Fernandes foi frustrada. Em pouco mais de três horas, o atleta praticamente repetiu os relatos feitos por Luiz Henrique Romão, o Macarrão, no primeiro julgamento do caso, realizado em novembro do ano passado. Ele apenas inverteu os papéis com o amigo e o acusou de ter articulado e até ajudado na morte de Eliza Samúdio. O que se pode considerar novidade nas falas de Bruno é o fato de, pela primeira vez, um dos acusados falar abertamente o nome de Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, como executor do crime.
A impressão é de que o nome de Bola saiu por um descuido de Bruno. Os dois defensores do réu estavam posicionados em frente a ele, mas recuaram no momento em que o nome foi pronunciado na resposta do goleiro a uma pergunta da juíza relacionada à execução de Eliza. "Depois dos fatos, ele me contou que havia contratado o Marcos Aparecido, o Neném". A magistrada perguntou, então, se Marcos Aparecido era o Bola. Depois de um curto silêncio, Bruno respondeu que soube pela imprensa que o ex-policial civil tinha vários codinomes.
Em perguntas feitas pelo advogado Lúcio Adolfo, que defende o atleta, Bruno contou que tem medo de Bola e que a sua ex-mulher Dayanne Rodrigues foi pressionada pelo ex-policial civil.