Landercy Hemerson
O recurso da Promotoria de Justiça de apelação contra a sentença de 22 anos e três meses de prisão do goleiro Bruno Fernandes será apresentado hoje à juiza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, presidente do Tribunal do Júri de Contagem. O promotor Henry Wagner Vasconcelos informou ontem que, além da redução de pena pela confissão do réu, que ele considera que não ocorreu, vai questionar a não aplicação do agravante relativo ao fato de o goleiro ser mandante nos crimes de sequestro e ocultação de cadáver.
Na avaliação de Henry Vasconcelos, houve uma subvalorização pela juíza no tocante à comprovação de que Bruno foi o mentor da trama do sequestro e assassinato de Eliza Samudio. E considera que a pena deve ser de 28 a 30 anos. Marixa Fabiane aumentou em seis meses a pena de homicídio, ao reconhecer o agravante de que Bruno agiu como mandante na execução de Eliza. Com isso, a pena inicial de homicídio, de 20 anos, que já havia sido reduzida em três pela confissão do réu, ficou estabelecida em 17 anos e 6 meses.
Ontem, o advogado Tiago Lenoir, que integra a defesa de Bruno Fernandes, disse que nesta semana os defensores se reúnem para analisar quais recursos vão apresentar a favor do goleiro. Para ele, o resultado do julgamento deveria contribuir para colocar o goleiro em liberdade.