O promotor usou a expressão ao proferir palestra sobre o tema “Impunidade, uma ameaça à paz”, durante a conferência do Rotary Clube Internacional em Montes Claros, na manhã de hoje. “Quando falo narcocleptodemocracia, faço referência aos corruptos e traficantes, que querem mandar no país”, afirmou Henry Wagner, que, ao deixar o local do evento – o centro de convenções da Sociedade Rural, foi muito assediado, com pedidos para posar para fotos. Uma mulher chegou a pedir um autógrafo e uma “dedicatória” em um impresso com o programa da conferência, para “guardar de lembrança”. Foi atendida prontamente pelo promotor, que se mostrou solicítio aos seus "fãs". Ele trabalhou em Montes Claros, antes de ser transferido para Contagem, em meados de 2012.
Henry Wagner salientou que o “abrandamento” das penas é um dos fatores que mais contribuem para a impunidade e para o crescimento da criminalidade no Brasil. “Somos extremamente tolerantes com o crime. Também somos extremamente tolerantes com as poucas respostas aos crimes”, disse que o promotor do caso Bruno/Eliza Samudio.
Segundo ele, “o estado está visivelmente falido”. Por isso, a própria população precisa se mobilizar para o enfrentamento do problema da criminalidade. “ sociedade de ousadia e ter entendimento de que segurança pública é um direito de todos, mas também um dever de toda coletividade”, disse Henry.
Ele afirmou ainda que “veemente contra” a proposta de descriminação do uso da maconha e de outros tipos de drogas, tendo em vista que, hoje, o tráfico e o consumo de entorpecentes são responsáveis pela ocorrência da maioria dos homicídios e outros delitos. “Quem quer a liberação da maconha é o intelectual ou o universitário, pessoas da classe média”, observou.