O goleiro Bruno Fernandes sofreu mais uma derrota na Justiça. O juiz da Vara de Execuções Criminais em Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte, declarou o atleta como culpado por ter ameaçado outros detentos na Penitenciária Nelson Hungria depois que os presos teriam falado de sua noiva, a dentista Ingrid Calheiros. Com a decisão, que configura uma falta grave, o atleta terá que ficar mais tempo na cadeia para receber a progressão para o regime semiaberto. O benefício ocorreria em 22 de janeiro de 2020, agora, segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), a saída passa para 24 de agosto de 2020.
Durante audiência sobre a confusão, em 1º de agosto, o goleiro foi ouvido e negou todas as acusações contra ele. Na ocasião, um agente penitenciário e um detento, que se envolveu na briga, também prestaram depoimento. Para o juiz Wagner de Oliveira Cavalieri, ficou comprovado que as ameaças aconteceram e que a justificativa apresentada pelo sentenciado ficou isolada nos autos e não foi suficiente para afastar a acusação feita e confirmada pelas testemunhas.
O advogado Francisco Simim, que defende Bruno, criticou a decisão. “Nós estávamos na expectativa dele ser absolvido, mas na Justiça vocês fazem audiência com um juiz e um desembargador, mas quando você chega na alegação é outro promotor e ninguém aguenta isso. De qualquer forma ele já cumpriu a punição. A falta vai só para o cadastro dele”, explica o defensor. O advogado Lúcio Adolfo também contestou a decisão e informou que vai entrar com um recurso. Por causa da confusão dentro da Penitenciária Nelson Hungria, Bruno ficou sem o direito a banho de sol por 30 dias, ele foi proibido de receber visitas, sair da cela e trabalhar.
Os advogados de Bruno devem se reunir para tentar uma transferência do preso. “O tratamento do Bruno há um mês atrás estava sensacional, mas de uma hora para outra mudou. Não sabemos os motivos. Vou encontrar amanhã (quarta-feira) com o Lúcio Adolfo e vamos decidir se pedimos a transferência”, afirmou Simim.