Advogados do goleiro Bruno Fernandes de Souza, de 29 anos, vão recorrer hoje à Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi) em mais uma tentativa de transferi-lo para Montes Claros, no Norte de Minas. A possibilidade de o ex-atleta ser transferido para a cidade tem sido alvo de manifestações de grupos feministas. Cartazes de protesto foram espalhados em ruas e avenidas da área central. “Se mata, bate e oprime, não joga no nosso time!”, diz um dos impressos, colado na parede de uma loja na Avenida Doutor Veloso, no Centro.
Em 28 de fevereiro, Bruno assinou contrato de cinco anos com o Montes Claros Futebol Clube, equipe que disputa o Módulo II do Campeonato Mineiro. O ex-jogador foi condenado a 22 anos e três meses de prisão pelo assassinato da ex-amante Eliza Samudio, em 2010. O contrato foi levado pelo advogado do goleiro à Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde ele cumpre a pena.
“Estamos fazendo tudo dentro da legalidade. Primeiro queremos a transferência de Bruno para a unidade prisional de Montes Claros. Em seguida, vamos discutir na Justiça como se darão as circunstâncias para que ele exerça sua profissão, o que inclui participação nos treinos”, afirmou o advogado Francisco Simin. O defensor disse ainda que não se sente intimidado pela resistência de grupos feministas. “Se são 10 mulheres que não querem, há muitas outras que querem vê-lo jogando. É um direito dele à ressocialização.”
Dias depois que o ex-goleiro assinou o contrato com o Montes Claros, time chamado na região de “o Bicho”, surgiram protestos na internet, que ganharam as ruas da cidades com os impressos colados em paredes de lojas, tapumes e postes, com frases como “As mulheres dizem não a Bruno no Mocão!” Os cartazes são assinados pelo movimento Mulheres do Projeto Popular, que faz parte da organização nacional Levante Popular da Juventude.
Em manifesto no blog da organização, o assassinato de Eliza Samudio é apontado como um crime brutal. O documento lembra que o corpo dela não foi encontrado e que Bruno não tem direito a regime semiaberto até 2018. “Em meio aos dados alarmantes sobre a violência contra a mulher no Brasil, a morte de Eliza Samudio poderia ter sido apenas mais uma. Não foi. O seu nome, a sua história e a sua trágica morte ganharam contornos de notícia nacional, principalmente pela profissão midiática do seu assassino. As mulheres do Levante Popular da Juventude de Montes Claros realizaram então uma ação de repúdio e denúncia”, destaca o manifesto.
O Tribunal de Justiça confirma que somente depois de 2018 o goleiro terá direito ao regime semiaberto, quando poderá sair para trabalhar. Os advogados de Bruno alegam que a Lei de Execuções Penais possibilita a saída para o trabalho, mesmo de detentos do regime fechado, sendo necessária escolta. Porém, a legislação prevê que nesse caso a saída seja permitida somente para atividades em obras públicas.
Em 14 de março, o juiz da Vara de Execuções Penais de Montes Claros, Francisco Lacerda de Figueiredo, se manifestou contrariamente à possibilidade de transferência do goleiro para a cidade. O magistrado alegou que o presídio regional não tem como receber o detento, devido à superlotação. O juiz da Vara de Execuções Penais de Contagem, Wagner Cavalieri, havia encaminhado ofício ao colega de Montes Claros, sondando-o sobre a capacidade da unidade prisional de Montes Claros para receber o ex-atleta.
Em 28 de fevereiro, Bruno assinou contrato de cinco anos com o Montes Claros Futebol Clube, equipe que disputa o Módulo II do Campeonato Mineiro. O ex-jogador foi condenado a 22 anos e três meses de prisão pelo assassinato da ex-amante Eliza Samudio, em 2010. O contrato foi levado pelo advogado do goleiro à Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde ele cumpre a pena.
“Estamos fazendo tudo dentro da legalidade. Primeiro queremos a transferência de Bruno para a unidade prisional de Montes Claros. Em seguida, vamos discutir na Justiça como se darão as circunstâncias para que ele exerça sua profissão, o que inclui participação nos treinos”, afirmou o advogado Francisco Simin. O defensor disse ainda que não se sente intimidado pela resistência de grupos feministas. “Se são 10 mulheres que não querem, há muitas outras que querem vê-lo jogando. É um direito dele à ressocialização.”
Dias depois que o ex-goleiro assinou o contrato com o Montes Claros, time chamado na região de “o Bicho”, surgiram protestos na internet, que ganharam as ruas da cidades com os impressos colados em paredes de lojas, tapumes e postes, com frases como “As mulheres dizem não a Bruno no Mocão!” Os cartazes são assinados pelo movimento Mulheres do Projeto Popular, que faz parte da organização nacional Levante Popular da Juventude.
Em manifesto no blog da organização, o assassinato de Eliza Samudio é apontado como um crime brutal. O documento lembra que o corpo dela não foi encontrado e que Bruno não tem direito a regime semiaberto até 2018. “Em meio aos dados alarmantes sobre a violência contra a mulher no Brasil, a morte de Eliza Samudio poderia ter sido apenas mais uma. Não foi. O seu nome, a sua história e a sua trágica morte ganharam contornos de notícia nacional, principalmente pela profissão midiática do seu assassino. As mulheres do Levante Popular da Juventude de Montes Claros realizaram então uma ação de repúdio e denúncia”, destaca o manifesto.
O Tribunal de Justiça confirma que somente depois de 2018 o goleiro terá direito ao regime semiaberto, quando poderá sair para trabalhar. Os advogados de Bruno alegam que a Lei de Execuções Penais possibilita a saída para o trabalho, mesmo de detentos do regime fechado, sendo necessária escolta. Porém, a legislação prevê que nesse caso a saída seja permitida somente para atividades em obras públicas.
Em 14 de março, o juiz da Vara de Execuções Penais de Montes Claros, Francisco Lacerda de Figueiredo, se manifestou contrariamente à possibilidade de transferência do goleiro para a cidade. O magistrado alegou que o presídio regional não tem como receber o detento, devido à superlotação. O juiz da Vara de Execuções Penais de Contagem, Wagner Cavalieri, havia encaminhado ofício ao colega de Montes Claros, sondando-o sobre a capacidade da unidade prisional de Montes Claros para receber o ex-atleta.