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Estado de Minas

Executor de Eliza, Bola é transferido para a Casa de Custódia da Polícia Civil

Mesmo exonerado pela corporação, ex-policial é beneficiado pela nova lei orgânica da Polícia Civil


postado em 21/05/2014 22:35 / atualizado em 21/05/2014 23:44

Apontado como o executor de Eliza Samudio e responsável pela ocultação do cadáver dela, o ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, foi transferido na tarde desta terça-feira do Presídio Professor Jason Soares Albergaria, em São Joaquim de Bicas, na Grande BH, onde cumpria pena de 22 anos pela morte da ex-namorada do goleiro Bruno, para a Casa de Custódia do Policial Civil, localizada no Bairro Horto, na Região Leste da capital.

Bola deixa a carceragem na Grande BH beneficiado pela nova lei orgânica da Polícia Civil. O artigo 38, inciso 10, prevê que a Casa de Custódia da corporação poderá receber o policial civil da ativa ou aposentado, mesmo aquele que tenha sido demitido do cargo ou tenha cassada a aposentadoria em virtude de condenação, submetido a procedimento de natureza judicial ou contingenciamento de ordem legal.

Bola entrou para a Polícia Civil em 1991 e no ano seguinte foi exonerado por indisciplina e falta de idoneidade moral. O ex-policial, além de ter sido considerado culpado pela morte de Eliza, ainda responde por outros dois homicídios. No início deste mês, a Justiça determinou que o ex-policial seja julgado novamente pela morte do carcereiro Rogério Martins Novelo, ocorrida em maio de 2000. Bola foi absolvido do crime durante júri popular em 7 de novembro de 2012, porém, o Ministério Público (MP) recorreu contra a decisão.

O pedido de transferência de Bola da cadeia para a casa de custódia foi feito pelos defensores dele. A reportagem tentou contato com os advogados de Bola, mas não conseguiu.

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