Depois de acompanhar as buscas pelos restos mortais de Eliza Samudio em um lote no Bairro Santa Clara, em Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, o primo do goleiro Bruno Fernandes, Jorge Rosa Sales, prestou depoimento no Departamento de Investigações. O jovem foi ouvido pelo delegado-corregedor da Polícia Civil, Luiz Carlos Ferreira, sobre a morte de Sérgio Rosa Sales, outro parente do atleta. Na entrevista concedida à Rádio Tupi, no Rio de Janeiro, além de revelar um suposto local onde teria sido feita a desova da ex-modelo, Jorge disse que suspeitava que Luiz Henrique Romão, o Macarrão, estava envolvido no assassinato.
Sérgio foi assassinado em 22 de agosto de 2012. Segundo as investigações, a motivação seria uma briga passional. Ele teria assediado a amante de Alexandre Ângelo de Oliveira, o Neguinho, de 28 anos. Revoltado, o homem armou um plano com a mulher e o primo de Bruno voltou a assediá-la. Ele acabou morto com vários tiros no Bairro Minaslândia. Denilza Cesário Silva, de 30 anos, foi condenada a 13 anos de reclusão em regime fechado pelo crime.
Na entrevista concedida no Rio de Janeiro, Jorge Rosa afirmou que não acredita nas investigações da polícia sobre o crime. Para ele, o crime foi armado por Macarrão. “Não tem cabimento, porque o Sérgio não mexia com as mulheres dos outros. Pelo contrário, me dava conselho para não mexer com as mulheres dos outros. Ele (Macarrão) tinha muita rixa com o Sérgio por causa de negócios. Os dois não se davam muito bem”, disse. Segundo ele, as brigas entre os dois começaram pela disputa de quem iria administrar o dinheiro do goleiro.
Depois de aproximadamente duas horas de depoimento, Jorge deixou o Departamento de Investigações. Em entrevista, voltou a falar sobre o caso. “Só falei o que achava. Pode ter alguma coisa a ver, porque os dois não se davam bem”, afirmou. O delegado corregedor Luiz Carlos Ferreira, saiu do local sem falar com a imprensa.
Buscas
Mais uma vez, as buscas pelos restos mortais de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno Fernandes, terminaram sem sucesso. A nova etapa da procura aconteceu no lote vago apontado por Jorge. Com o insucesso na operação, o jovem afirmou que ficou chateado, pois “queria dar um enterro digno” para a mulher. Também disse que pensou na mãe de Eliza para fazer as novas revelações.
O primo de Bruno informou que apontou o local certo e acredita na possibilidade de alguém ter retirado os restos mortais de lá. “Acho que a polícia tem que continuar as buscas no terreno”, comentou, ao deixar o DI.
Veja a entrevista de Jorge à Rádio Tupi