A Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi) de Minas Gerais informou ontem ter instaurado procedimento para investigar a origem de um celular encontrado no Presídio de Segurança Máxima de Francisco Sá (Norte de Minas). Com a descoberta, surgiram especulações de que o aparelho teria sido encontrado na cela do ex-goleiro Bruno Fernandes, condenado a 22 anos e três meses de reclusão pela morte e desaparecimento do corpo de sua ex-amante Eliza Samudio. Bruno foi transferido para a unidade em junho. Porém, em nota, a Suapi desmentiu a informação.
Segundo a Superintendência de Administração Prisional, o telefone celular, encontrado pelos agentes penitenciários durante revista de rotina, estava em poder do detento Francielio Pereira dos Santos, de 31 anos. O preso “está sendo ouvido pela comissão discplinar da unidade prisional e poderá sofrer sanções administrativas”, diz a nota da Suapi.
O advogado Tiago Lenoir, que defende o ex-goleiro Bruno, disse que “não tem cabimento” fazer qualquer relação entre o cliente e a apreensão do celular no presídio de segurança máxima. “Chegaram até divulgar que o Bruno teria usado o telefone celular para falar com a esposa dele (Ingrid Calheiros) e com seus advogados. A própria Suapi desmentiu a informação”, afirmou Lenoir.
Preso desde julho de 2010, Bruno foi transferido da Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de BH, para a unidade no Norte de Minas, em 20 de junho último. A transferência faz parte de uma estratégia da defesa para conseguir autorização para que o ex-goleiro possa sair para trabalhar durante o dia. Em 28 de fevereiro, Bruno assinou contrato com o Montes Claros Futebol Clube, equipe da segunda divisão do futebol mineiro.