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Estado de Minas

Advogado de Macarrão pede transferência da Nelson Hungria para Centro Social em Itaúna

Caso será analisado pelo Ministério Público de Minas Gerais, que poderá conceder parecer favorável ao preso


postado em 30/09/2015 16:30 / atualizado em 30/09/2015 16:45

(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A press)
(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A press)
A defesa de Luiz Henrique Ferreira Romão, o Marcarrão, pediu nessa terça-feira ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) transferência do Complexo Penitenciário Nelson Hungria, em Contagem, na Grande BH, para a Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (Apac) em Itaúna. O pedido será encaminhado para o Ministério Público do estado, que poderá dar parecer favorável sobre o caso e depois encaminhá-lo para a comarca de Itaúna.

De acordo com a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), o primeiro critério a ser levado em consideração para a transferência é o cronológico. Neste ponto, são analisados os presos que estão na fila de espera para a transferência.

Outro critério é o perfil do preso. O juiz avalia se a pessoa vai se adaptar ao regime da Apac. Segundo a Seds, a Apac tem como objetivo a humanização no cumprimento da pena, com presença de voluntariado, envolvimento das famílias de presos e na recuperação do condenado. O método foi criado em São José dos Campos na década de 1980. Atualmente, Minas custeia 33 centros de reintegração social. O Governo de Minas atualmente custeia 33 Centros de Reintegração Social (CRS). O método Apac em Minas é desenvolvido em parceria com o Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais e a Fraternidade Brasileira de Assistência aos Condenados (Fbac)

No dia 9 deste mês, o goleiro Bruno Fernandes de Souza, condenado pelo assassinato de Eliza Samudio e pelo sequestro do filho dela, foi transferido da Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Desde então, o atleta cumpre o restante da pena de 22 anos e três meses de prisão no Centro de Reintegração Social (CRS) da Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (APAC) de Santa Luzia, também na Grande BH. A transferência foi feita depois que a Justiça deferiu um pedido do preso.

Réus condenados

Todos os réus que responderam pelos crimes contra Eliza Samudio e do filho dela, foram condenados, com exceção de Dayane Rodrigues, ex-mulher de Bruno, que foi absolvida das acusações. Fernanda Gomes de Castro, ex-namorada do atleta, foi condenada a cinco anos pelo sequestro e cárcere de Eliza e Bruninho. Luiz Henrique Romão, o Macarrão, braço direito do ex-ídolo do Flamengo, foi sentenciado a 15 anos de prisão por homicídio qualificado. Ele foi beneficiado por uma confissão parcial do crime. Já Bruno teve a pena estabelecida em 22 anos e 3 meses de prisão por homicídio e ocultação do cadáver da jovem e também pelo sequestro e cárcere privado do filho, Bruninho. O ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, apontado como executor do assassinato, foi condenado a 22 anos de prisão.

Elenílson Vitor da Silva, caseiro do sítio do ex-atleta em Esmeraldas, e Wemerson Marques de Souza, o Coxinha, respondiam apenas pelo sequestro e cárcere privado de Bruninho, filho do jogador e da modelo assassinada. Ambos foram condenados e cumprirão pena em regime aberto. Wemerson, que era réu primário, foi sentenciado a 2 anos e 6 meses de prisão. Já Elenilson, que chegou a ficar preso por cinco meses por causa do envolvimento na morte de Eliza e não era réu primário, teve a pena estabelecida em 3 anos.

Um outro réu no processo não chegou a ser julgado. Sérgio Rosa Sales, primo do goleiro Bruno, era considerado a principal testemunha do caso. Ele foi assassinado meses antes da data prevista para o julgamento. A polícia concluiu que ele foi vítima de um crime passional, sendo executado pelo companheiro de uma mulher que tinha assediado na rua. Outro primo do jogador, que revelou à polícia grande parte da trama, cumpriu medida sócio-educativa e já está em liberdade. Jorge Lisboa Rosa era menor de idade quando o crime ocorreu.

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