A defesa de Luiz Henrique Ferreira Romão, o Marcarrão, pediu nessa terça-feira ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) transferência do Complexo Penitenciário Nelson Hungria, em Contagem, na Grande BH, para a Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (Apac) em Itaúna. O pedido será encaminhado para o Ministério Público do estado, que poderá dar parecer favorável sobre o caso e depois encaminhá-lo para a comarca de Itaúna.
De acordo com a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), o primeiro critério a ser levado em consideração para a transferência é o cronológico. Neste ponto, são analisados os presos que estão na fila de espera para a transferência.
Outro critério é o perfil do preso. O juiz avalia se a pessoa vai se adaptar ao regime da Apac. Segundo a Seds, a Apac tem como objetivo a humanização no cumprimento da pena, com presença de voluntariado, envolvimento das famílias de presos e na recuperação do condenado. O método foi criado em São José dos Campos na década de 1980. Atualmente, Minas custeia 33 centros de reintegração social.
Leia Mais
Júri de Bola é adiado e sessão é remarcada para 2016Bola volta a ser julgado por morte de carcereiro em 2000Goleiro Bruno é transferido da Penitenciária Nelson Hungria para Centro Social de Santa LuziaMacarrão passa a cumprir pena por morte de Eliza Samudio no regime semiabertoMacarrão pode ir para o regime semiaberto se laudo atestar bom comportamentoEx-goleiro Bruno pede ajuda ao ex-empresário para jogar no Villa NovaSTJ aumenta pena do goleiro Bruno e de Macarrão por crime contra Eliza SamudioRuas de Betim serão interditadas nesta quinta para detonação de rocha de 700 toneladasCasal suspeito de matar homem por herança será indiciado por homicídio qualificadoRéus condenados
Todos os réus que responderam pelos crimes contra Eliza Samudio e do filho dela, foram condenados, com exceção de Dayane Rodrigues, ex-mulher de Bruno, que foi absolvida das acusações. Fernanda Gomes de Castro, ex-namorada do atleta, foi condenada a cinco anos pelo sequestro e cárcere de Eliza e Bruninho. Luiz Henrique Romão, o Macarrão, braço direito do ex-ídolo do Flamengo, foi sentenciado a 15 anos de prisão por homicídio qualificado. Ele foi beneficiado por uma confissão parcial do crime.
Elenílson Vitor da Silva, caseiro do sítio do ex-atleta em Esmeraldas, e Wemerson Marques de Souza, o Coxinha, respondiam apenas pelo sequestro e cárcere privado de Bruninho, filho do jogador e da modelo assassinada. Ambos foram condenados e cumprirão pena em regime aberto. Wemerson, que era réu primário, foi sentenciado a 2 anos e 6 meses de prisão. Já Elenilson, que chegou a ficar preso por cinco meses por causa do envolvimento na morte de Eliza e não era réu primário, teve a pena estabelecida em 3 anos.
Um outro réu no processo não chegou a ser julgado. Sérgio Rosa Sales, primo do goleiro Bruno, era considerado a principal testemunha do caso. Ele foi assassinado meses antes da data prevista para o julgamento. A polícia concluiu que ele foi vítima de um crime passional, sendo executado pelo companheiro de uma mulher que tinha assediado na rua.